quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Cuidado com as Frituras!

Confesse: pastéis, batata e afins ficam uma delícia preparados desse jeito e podem fazer parte do cardápio de vez em quando. Mas com óleo reaproveitado jamais!
Ok., o pastel que sai da frigideira fumegante encharcado de gordura, como o que ilustra esta reportagem, pode ameaçar a saúde. Um estudo assinado por especialistas de diversas universidades espanholas chega para reforçar a acusação e apontar o elo entre as frituras e o aumento da circunferência abdominal, um problema associado ao infarto.
“Nesse tipo de preparação é contínua a exposição do óleo a fatores responsáveis por reações químicas”, conta a nutricionista Bianca Chimenti, do Instituto do Coração, em São Paulo. “E aí as moléculas de ácido graxo se transformam, passando de poliinsaturadas, que são benéficas, a saturadas, que só fazem mal. O processo pode até levar à temida gordura trans.”
Não raro o resultado de toda essa metamorfose afeta perigosamente o coração. Não custa lembrar que as gorduras saturadas e as do tipo trans aumentam a fração ruim do colesterol, o LDL, e fazem despencar a boa porção, que atende pelo nome de HDL — e isso torna os vasos sangüíneos vulneráveis ao entupimento. Para piorar, muitos nutrientes do óleo, como os ômegas-3 e 6, que protegem o sistema cardiovascular, acabam virando fumaça. Literalmente. “O aquecimento exagerado favorece essa perda”, explica o bioquímico Jorge Mancini, professor da Universidade de São Paulo.
Até mesmo o riquíssimo azeite de oliva sai com a boa fama chamuscada da frigideira. É que o calor faz os festejados compostos fenólicos simplesmente desaparecerem, cedendo espaço a uma concentração de moléculas oxidadas, nocivas às membranas celulares.
Só que essas reações são bem mais intensas quando o óleo fica tempo demais na frigideira ou, pior, é reaproveitado. Com um óleo novinho e uma preparação zás-trás, dá até para comer fritura vez ou outra. Só cuidado para não abusar na quantidade. Para você ter um idéia, uma escumadeira cheia de batata cozida fornece 68 calorias, enquanto a mesma quantidade da que passou por fritura apresenta nada menos do que 182.
No óleo velho ou naquele submetido a altas temperaturas por muito tempo, a concentração de substâncias nocivas aumenta e o risco de problemas também. “Durante o preparo, não adianta despejar óleo novo sobre o que já está na panela achando que assim a mistura fica mais saudável”, alerta Gláucia de Souza. Isso também provoca a deterioração do produto recém-saído da lata.
Ninguém vai banir iguarias fritas do cardápio para todo o sempre. Mas, por favor, se a vontade bater forte, pense na saúde do planeta e, depois de preparar sua receita, não despeje o líquido engordurado no ralo da pia. Esse péssimo hábito contamina os rios. Estimativas do Grupo Pão de Açúcar, que está à frente de um programa de proteção ambiental, dão conta de que cada litro de óleo jogado no esgoto tem capacidade para poluir cerca de 1 milhão de litros de água! “Formam-se crostas de gordura na superfície, o que impede a passagem de luz e compromete a vegetação e os peixes nos rios”, alerta Adriano Ferreira Calhau, coordenador do Instituto Triângulo, uma ONG sediada em Santo André, na Grande São Paulo. Além de acabar com a vida aquática, os resquícios gordurentos podem formar uma espécie de capa oleosa que impermeabiliza o solo e dificulta o escoamento das chuvas, aumentando as chances de enchentes. Há quem desconfie, inclusive, que essa seja uma das causas das inundações na cidade de São Paulo.
TIPOS E TIPOS Uns mais, outros menos, todos os óleos de cozinha apresentam nutrientes essenciais CANOLA Aclamado como um dos óleos mais nobres, possui uma das maiores quantidades de ômega-3, uma molécula protetora dos vasos. SOJA Contém um bom percentual de ômega-6, substância que ajuda a regular os níveis de colesterol. MILHO Mais um bom fornecedor do ômega-6. GIRASSOL Oferece boas quantidades de ácidos graxos monoinsaturados, aliados das artérias.
FIQUE ESPERTO NA FEIRA Para quem não resiste a um pastel frito fora de casa, a dica é prestar muita atenção em alguns sinais de perigo para não acabar com uma baita diarréia. Quando a gordura é reutilizada além da conta, formam-se compostos químicos capazes de irritar a parede do intestino e levar ao desarranjo. “Se o óleo estiver escurecido, avermelhado ou marrom e ainda houver excesso de resíduos no fundo do tacho, está velho”, ensina a nutricionista Gláucia de Andrade Rolim de Souza, do Hospital Professor Edmundo Vasconcelos, em São Paulo. Outra: espuma ou fumaça denunciam uma temperatura alta demais, que favorece a formação de radicais livres, moléculas perigosas para nossas células.

Saúde é Vital. Abril

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Cuide da sua Digestão

Os médicos garantem: a pressa do dia-a-dia é uma das maiores culpadas por um sistema digestivo que não funciona a contento. Mas há outros maus hábitos que precisam ser corrigidos. E você ganhará muito com isso.

Ao primeiro toque do despertador você pula da cama, se arruma e sai de casa correndo. Desfrutar de um belo desjejum nem passa pela cabeça. No almoço a ansiedade acelera as garfadas e encurta o tempo de mastigação. À tarde não há aquela paradinha para um lanche. E à noite, graças ao cansaço e à fome, a vontade é de atacar depressa tudo o que estiver à mesa ou na geladeira. Pois bem. Os especialistas afirmam que esse cenário, em que não há espaço para refeições balanceadas e tranqüilas, está por trás do aumento das queixas de problemas digestivos — e até da obesidade.

Os experts não se cansaram de bater nessa tecla em dois grandes eventos científicos recentes — a Semana de Doenças Digestivas, que juntou médicos do mundo inteiro em Washington, nos Estados Unidos, e o 34° Curso de Atualização em Cirurgia do Aparelho Digestivo e Coloproctologia, o Gastrão, que aconteceu na capital paulista no mês passado.
O corre-corre faz mal em dois sentidos. Além de atrapalhar as refeições em si, indica nervosismo e agitação, emoções que atrapalham, sim, a digestão. “Ela é regulada por uma rede de células nervosas interligadas com o cérebro, inclusive com aquelas áreas que têm a ver com os sentimentos”, descreve o gastrenterologista Ivan Cecconello, do Hospital das Clínicas de São Paulo, que foi o presidente do Gastrão deste ano. “Prova disso é que situações estressantes muitas vezes causam diarréia”, diz. A boa notícia, alardeada pelos médicos daqui e de lá, é que pequenas alterações no dia-a-dia podem fazer maravilhas e contribuir no tratamento dos males mais comuns. “Os remédios ajudam, mas, se não houver mudança de hábitos, o risco de os sintomas voltarem é grande”, enfatiza o gastrenterologista Orlando Ambrogini Júnior, da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp. O estilo de vida — dizem em uníssono — influi diretamente no processo de absorção dos nutrientes. E, quando ele acontece direito, não é só a barriga que sai mais leve. Até o coração pode ser beneficiado. Está provado, por exemplo, que a má digestão favorece problemas com o colesterol, entre outros. Por isso, vale a pena prestar mais atenção nas reações do seu corpo depois de uma boa refeição.

PROBLEMAS INDIGESTOS Muitos males atacam os órgãos envolvidos na digestão. Conheça os mais comuns e saiba como tratá-los:

GASTRITE Queimação e dor de estômago são as principais queixas de quem sofre com essa inflamação da mucosa estomacal. O desconforto esporádico, porém, não é suficiente para o veredicto de gastrite. Só vale a pena marcar uma consulta médica quando ele dura mais de duas semanas. Para o diagnóstico o especialista pedirá uma endoscopia. As imagens obtidas no exame revelarão se o indivíduo tem um dos dois tipos mais comuns da doença, a aguda, provocada pelo consumo abusivo de álcool ou de remédios, por exemplo, ou a crônica, que tem como causas principais o estresse constante, o cigarro e o café. Uma bactéria, a Helicobacter pylori, também pode estar por trás do mal. “De qualquer forma, a dieta precisa sofrer mudanças”, avisa Orlando Ambrogini Júnior. “Alimentos ácidos, gorduras, cafeína e álcool devem ser banidos.” Os remédios só entram em cena se, apesar das alterações no cardápio, a dor não for embora.

ÚLCERA É uma ferida no estômago ou no duodeno, o início do intestino. Os sintomas são os mesmos da gastrite. Isso leva muita gente a imaginar, erroneamente, digase, que as lesões provocadas pela úlcera resultaram da evolução do processo inflamatório nas paredes do estômago. Para aumentar a confusão, as causas dos dois problemas — uso prolongado de alguns remédios e ação da Helicobacter pylori — são semelhantes. Fatores como o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e o cigarro também podem contribuir para o desenvolvimento da úlcera. O tratamento, em princípio, é medicamentoso. A cirurgia só é cogitada se os remédios não surtirem o efeito esperado ou se houver complicações, como uma perfuração ou suspeita de câncer.

AZIA Quem é que nunca sentiu aquela queimação depois de uma refeição muito pesada? A azia acontece quando parte do alimento que estava no estômago retorna para o esôfago e traz consigo os ácidos usados na digestão. Em geral o desconforto surge quando comemos demais. Isso porque a grande quantidade de alimento, juntamente com o ar que entra pela boca naturalmente enquanto mastigamos, faz muita pressão no esfíncter, a válvula que liga o esôfago ao estômago. Quando a azia aparece de vez em quando, tudo bem. Aí basta um antiácido para acabar com o mal-estar.

REFLUXO Se a azia é freqüente, ou seja, dá as caras pelo menos uma vez por semana, é bem provável que seja provocada pelo refluxo gastroesofágico. “Trata-se de um defeito no esfíncter, que não trabalha de maneira eficiente”, explica o gastrenterologista e nutrólogo Celso Cukier, do Instituto de Metabolismo e Nutrição, em São Paulo. “O problema pode ser congênito ou provocado por fatores como obesidade”, acrescenta Ivan Cecconello. Daí, vira e mexe as paredes do esôfago são agredidas pelos ácidos que estão misturados à comida. “Isso pode provocar dor e até rouquidão”, diz Cukier. Em casos mais graves há risco de infl amação no esôfago, a esofagite, e até de um câncer. O refl uxo costuma ser controlado com drogas e ajustes na dieta. Em alguns casos, no entanto, uma cirurgia pode ser necessária.

CONSTIPAÇÃO Trata-se da famosa prisão de ventre. “O normal é evacuar diariamente”, afirma o gastrenterologista e cirurgião do aparelho digestivo Carlos José Lazzarini Mendes, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. “Se as idas ao banheiro forem espaçadas demais, é preciso analisar os hábitos que podem estar contribuindo para o intestino preguiçoso”, opina Mendes. Algumas pessoas, principalmente as mulheres, evitam utilizar o vaso sanitário em qualquer lugar e, com o tempo, é como se o intestino perdesse o hábito de se movimentar. Sim, porque ele produz movimentos para empurrar os alimentos.
Já quem apresenta prisão de ventre passageira quando viaja não precisa esquentar a cabeça. Isso é considerado uma reação normal em organismos mais sensíveis a mudanças de rotina. Quem tem o problema no dia-a-dia, porém, precisa procurar ajuda. “A prática de exercícios físicos ajuda a resolver a situação, porque aumenta o fluxo sangüíneo no abdômen e estimula os tais movimentos intestinais”, garante Celso Cukier.

FLATULÊNCIA O incômodo provocado pelo excesso de gases vai muito além de situações vexatórias. Por sua causa a barriga incha, aparecem cólicas abdominais e às vezes uma dor tão forte no peito que chega a ser confundida com uma angina. Os gases podem se formar tanto em razão do ar que ingerimos junto com a comida, a bebida ou mesmo durante um bate-papo como pela ação das bactérias que fermentam os alimentos durante a digestão. Alguns cuidados diminuem a probabilidade do desconforto. “Comer devagar e moderar o consumo de alimentos que provocam mais fermentação, como o feijão e a lentilha, ajudam muito”, exemplifi ca Ivan Cecconelo. Certos remédios dão alívio, porque diminuem a agregação das bolhas de ar, que fi cam fracas e estouram dentro do organismo. Não adianta, porém, consumi-los a torto e a direito sem mudar alguns hábitos.

DIARRÉIA Ela pode ser causada por um alimento que não caiu bem. Ou por microorganismos, como bactérias e vírus, capazes de alterar o funcionamento do intestino. No entanto, algumas doenças inflamatórias no próprio órgão às vezes têm culpa no cartório. “Caso a disfunção perdure por cerca de 48 horas, evite gorduras e açúcares e beba bastante líquido, principalmente os isotônicos”, aconselha Carlos José Lazzarini Mendes. “Se mesmo assim o desarranjo persistir ou então se notar um pouco de sangue e ainda surgir febre, procure depressa um especialista”, alerta. “Em circunstância nenhuma tome remédios para estancar a diarréia ou analgésicos sem a supervisão de um médico”, aconselha. “Isso pode esconder os sintomas e mascarar um problema mais sério.”

HEMORRÓIDAS “Elas consistem na dilatação dos vasos sangüíneos do reto e do canal do ânus”, explica o cirurgião do aparelho digestivo Marçal Rossi, de São Paulo. “Embora as causas não sejam totalmente conhecidas, já se sabe que podem ser provocadas pela prisão de ventre”, conta Rossi. As hemorróidas apresentam-se em quatro graus. As do primeiro são internas. As do segundo chegam a se projetar para fora do corpo, mas voltam espontaneamente. As do terceiro só retornam com um empurrãozinho de um especialista. Finalmente, no quarto grau, a mucosa do ânus fica exposta e o tratamento deve ser cirúrgico. O sintoma mais comum sempre é o sangramento, sem contar a sensação de coceira ou ardor.

6 ATITUDES PARA A COMIDA CAIR BEM O que você deve fazer para digerir direito uma refeição
1 – Concentre-se no que está comendo. Isso é primordial.
2 - Faça as refeições em locais tranqüilos.
3 - Estabeleça um horário relativamente fixo para o café da manhã, o almoço e o jantar. Seu corpo gosta dessa disciplina.
4 - Não fique mais do que seis horas em jejum.
5 - Evite tomar muito líquido junto com a comida.
6 – Não faça lanches pesados antes de ir para a ginástica ou para a cama.

O QUE CAI BEM. Alguns alimentos são nossos aliados na batalha contra os problemas gastrintestinais:

IOGURTE: ajuda a curar diarréias. Um pote por dia já é o sufi ciente para prevenir a encrenca.• GENGIBRE: mastigá-lo cru ou usá-lo na forma de chá é uma ótima opção contra o enjôo. Mas essa dica não vale para o mal-estar matinal das grávidas.
BANANA: substâncias dessa fruta formam uma espécie de filme protetor na parede do estômago, diminuindo os ataques da acidez.
AMEIXA E PÊRA: eis aqui duas frutas com uma excelente combinação de fibras para combater a prisão de ventre.
CHÁ VERDE: tomado logo após as refeições, é um ótimo antiácido.
ARROZ: por ter pouca proteína, ele vai rapidamente para o intestino sem liberar muito ácido no estômago, o que evita que a azia piore quando a pessoa está em plena crise.

O QUE CAI MAL. Guarde bem a lista de alimentos abaixo e modere o consumo:

FRITURAS: a gordura dificulta a digestão e pode provocar a sensação de estômago pesado.
FRUTAS MUITO ÁCIDAS: elas aumentam a produção de sucos digestivos, provocando azia ou dor de estômago.
CARNES GORDUROSAS: a grande quantidade de proteína torna a digestão mais lenta. Se tiver gordura então...
SAL EM EXCESSO: estudos apontam que pode provocar câncer de estômago, além de aumentar a atividade da Helicobacter pylori.
BEBIDAS ALCOÓLICAS: agridem a mucosa estomacal e sobrecarregam o fígado. Para quem sofre com refl uxo é pior ainda, pois elas irritam o esôfago e relaxam o esfíncter.

Revista Saúde.

Coma mais Amêndoas

Esta fruta e outras oleaginosas deliciosas e funcionais são consideradas uma rica fonte de proteína vegetal. Por exemplo: 20 gramas de castanhascontêm em média 3 gramas de proteína, o que equivale a duas colheres de sopa de feijão ou 15 gramas de frango. As vantagens não param por aí.
Armas secretas: proteína, gorduras monoinsaturadas, vitamina E, folato (nos amendoins),> bras, magnésio, fósforo e selênio (na castanha-do-pará).
Lutam contra: obesidade, doenças cardíacas, perda de massa muscular e câncer.
Aliados: sementes de abóbora, sementes de girassol e abacate.
Vilões: versões salgadas e torradas têm mais sódio, que aumenta a pressão sangüínea.

BARRA DE CEREAIS CASEIRA

O QUE VOCÊ PRECISA:
200 g de aveia em flocos
100 g de damascos secos
50 g de sementes de linhaça
50 g de amêndoas
2 colheres de sopa de mel
2 colheres de chá de canela
1 colher de sopa de azeite extra virgem

COMO FAZER:
Em uma panela esquente o azeite em fogo baixo e adicione a aveia até ficar dourada. Misture os outros ingredientes e coloque o mel. Quando o mel derreter, mexa tudo muito bem para que ele dê liga. Com a ajuda de uma espátula, vá formando dez barrinhas e tire-as do fogo. Guarde as barras quentes em sacos herméticos com fecho e deixe esfriar.

Cuide da Garganta

Diga ahhhh...
Sua garganta volta e meia dá problemas. Veja os principais sintomas, por que ocorrem e o que fazer em cada caso.

Sintoma: dor constante
Significado: as fibras nervosas da faringe reagem a uma inflamação devido à ação de vírus ou bactérias.
Remédio: se a dor estiver forte, procure um médico.A infecção pode levar à febre. Antibióticos resolvem.

Sintoma: pigarro ou tosse
Significado: terminações nervosas reagem a uma infecção e despertam os receptores da tosse.
Remédio: gargarejo com água e sal e uso de medicamento prescrito pelo médico.
Sintoma: rouquidão ou falta de voz
Significado: laringite ou inflamação nas cordas vocais, comumente causada por infecção viral.
Remédio: vírus é combatido com medicamento. Sussurrar pode ser mais prejudicial do que falar.
Sintoma: tosse com muco
Significado: infecção causada pela inflamação nos brônquios. Você gera muco (catarro) para se livrar dela.
Remédio: o mesmo que para o pigarro. O uso de expectorante sugerido pelo médico vai ajudá-lo.
Sintoma: inflamação dos nódulos linfáticos
Signifi cado: um vírus agressivo ou uma infecção por mononucleose. Seus nódulos estão trabalhando demais para defender seu corpo da doença.
Remédio: consulte um médico para um exame.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Mitos sobre o inverno

Na semana passada, boa parte dos brasileiros teve que enfrentar as temperaturas mais baixas do ano. Além do frio, o inverno traz também outros problemas, como a diminuição da umidade do ar. Para ajudar a enfrentar os quase dois meses que ainda restam da estação fria, o G1 ouviu o médico pneumologista Edimar Pedrosa Gomes, da Universidade Federal de Juiz de Fora. Gomes respondeu o que é mito e o que é verdade na hora de se proteger do frio. Confira!

Tomar banho muito quente mesmo durante o inverno faz mal?

Verdade! Os banhos quentes, independente da estação do ano, causam o ressecamento da pele por eliminar, com a ajuda do uso de sabonetes, uma camada protetora e superficial da pele rica em gordura, que serve como proteção. Aliado ao clima frio e ao vento, o problema se agrava. Os banhos não devem ser muito prolongados (mais de 20 minutos) e a temperatura deve variar entre os 29° a 37°.

No inverno, o clima fica mais seco. Colocar baldes de água pela casa realmente funciona?

Mito! Na verdade, a utilização de baldes ou toalhas molhadas no interior de residências surte pouco efeito no aumento da umidade do ar, uma vez que a evaporação é lenta. O uso de vaporizadores ou mesmo de água quente do chuveiro é mais indicado.

A maioria dos aquecedores de ar também é desumidificadora. Seu uso faz mal para a saúde?

Verdade! Todo tipo de aquecedor que cause a redução da umidade do ar pode aumentar o ressecamento de mucosas e a transmissão de microrganismos. O ideal é o uso de aquecedores que não causem redução da umidade do ar ou aquecer os ambientes, mas mantendo uma porta ou janela aberta.

É verdade que o frio dá mais fome? Nosso corpo precisa de mais comida no inverno?

Verdade! O corpo humano é homeotérmico, ou seja, necessita manter uma temperatura constante. No inverno, com a perda de energia para o meio externo, o organismo humano acaba necessitando de mais calorias, o que acaba sendo interpretado, pelo cérebro, como uma necessidade maior de alimento. Como temos alimentos à nossa disposição ricos em calorias, o risco é que antes de usarmos nossas reservas calóricas (gorduras), acabemos por adquirir uns quilinhos a mais com a ingestão maior de alimentos. O ideal é manter a prática de exercícios físicos e uma dieta equilibrada mesmo no inverno.

Estamos livres da desidratação no inverno?

Mito! Um adulto de 70 kg deve ingerir diariamente em torno de 2,5l de água. Apesar de, no inverno, reduzirmos perdas como o suor, continuamos a eliminar líquido, como na urina. Por isso, a dica é ingerir líquidos, mesmo sem sede.

Há perigo em tomar gelado no inverno? Tomar sorvete realmente dá dor de garganta?

Mito! Algumas pessoas, devido à sensibilidade maior que apresentam, podem sentir dor após a exposição a alimentos frios, mas os verdadeiros motivos são desconhecidos.

A vitamina C durante o inverno realmente diminui o risco de gripe?

Mito! Embora seja uma crença popular, não há comprovação científica de que a vitamina C seja capaz de reduzir a ocorrência de gripes e resfriados.

É preciso usar filtro solar no inverno?

Verdade! O uso de filtro solar independe da temperatura ambiente, e sim do nível de exposição à luz solar, que é até maior no inverno, com dias menos nublados e maiores índices de poluição.

Edredon é melhor que cobertor de pêlo?

Para algumas pessoas! Para portadoras de doenças alérgicas como asma e rinite, o uso de cobertores de pêlo pode aumentar a exposição a ácaros, poeiras, desencadeando os sintomas destas doenças. Alguns indivíduos apresentam maior sensibilidade à lã, podendo também provocar sintomas dessas doenças alérgicas.
Fonte: Edimar Gomes, da Universidade Federal de Juiz de Fora. Globo.com