terça-feira, 18 de dezembro de 2007

É pior ser obeso ou sedentário?

Manter a forma física é melhor do que apenas ser magro
Dois homens estão lado a lado. Um é magro, com pouco índice de gordura no corpo, porém sedentário. O outro é obeso, mas pratica exercícios físicos com regularidade. Qual dos dois tem chance de viver por mais tempo? A resposta pode surpreender muita gente: o obeso.

Esse é o resultado de uma pesquisa publicada no Journal of the American Medical Association (Jama). Um grupo de 2 603 sexagenários foi acompanhado durante 12 anos. Eles foram classificados de acordo com o índice de massa corporal, medida da cintura e porcentagem de gordura localizada. A forma física foi avaliada de acordo com o desempenho na corrida.
Durante a pesquisa, 450 participantes morreram, a maioria por diabete e infarto, relacionados a ambos os fatores (falta de exercício e obesidade). O risco maior de morte era o de quem tinha sobrepeso, mas essa propensão diminuía à medida em se levava em conta a forma física.
Os médicos acreditam que o mesmo resultado pode ser aplicado às populações mais jovens e às mulheres (do grupo pesquisado, 80% eram homens).


Novos estudos, porém, devem ser conduzidos para essa confirmação. É notícia alentadora para os obesos. O resultado do estudo, acreditam os médicos, pode motivar os gordinhos a não achar que o jogo está perdido. A boa nova, no entanto, precisa vir acompanhada de um alerta: o sobrepeso ainda é um fator de risco.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Sesta faz bem a saúde!

Sesta faz bem à saúde, mas insones devem evitá-la.
Dormir após o almoço restaura as energias e melhora o estado de vigília à tarde, diz o pneumologista Maurício Bognato, responsável pela medicina do sono no hospital Sírio Libanês, São Paulo. Bognato explica que, durante o dia, o corpo tem dois momentos de baixa temperatura, que propicia a chegada do sono: um por volta de 23h e outro às 12h. O pneumologista diz que ter sono após o almoço é, em partes, coincidência, pois a sonolência é fisiológica, mas as comidas calóricas facilitam a baixa na temperatura do corpo. Médicos alertam que a sesta não é benéfica para quem sofre de insônia, para que o sono à noite não seja afetado. A neurofisiologista Estella Márcia Tavares, do hospital Albert Einstein, diz que a sesta é benéfica, mas acredita que é uma questão de hábito. Segundo Tavares, deve-se ficar alerta se a prática da sesta não for diária. "Há pessoas que dormem mal à noite e tentam dormir de dia. A sesta pode estar camuflando problemas do sono."O neurologista Pedro Paulo Porto Júnior, do hospital Albert Einstein, diz que não há regra para duração do cochilo pós-almoço. "O normal são 40 minutos, mas o tempo deve ser medido de acordo com o rendimento do trabalho à tarde."


Vida moderna extingue sesta


O ritmo da vida moderna, acelerado com o capitalismo e a expansão urbana desde meados do século 20, extinguiram a sesta da vida dos brasileiros que moram em grandes cidades, dizem antropólogos ouvidos pela Folha. A doutora em antropologia pela USP Rita Amaral diz que o modo de produção capitalista não permite que as pessoas durmam à tarde. "Tempo é dinheiro. Além disso, com as distâncias, as pessoas não voltam para casa para almoçar. Não podem dormir, mesmo se quisessem", diz. Para o antropólogo Luiz Fernando Duarte, do Museu Nacional do Rio de Janeiro, o principal fator para a extinção do cochilo após o almoço também são as mudanças culturais. Duarte conta que, até os anos 40 do século 20, as pessoas ficavam em casa após o almoço, para fugir do calor e do sol, e acabavam descansando um pouco. "Hoje a relação com a saúde é diferente. Há a cultura da praia e da exposição do corpo. As pessoas aproveitam o tempo que sobra para ir à academia, fazer exercícios ao ar livre."Roberto Albergaria, doutor em antropologia pela Ufba (Universidade Federal da Bahia), diz que a criação de shoppings facilitou a extinção da sesta. Diferente das lojas de rua, o centro comercial não fecha às 12h para almoço."Por que a sesta acabou? É mais um tributo que pagamos à bendita civilização, essa maluquice que as pessoas chamam de progresso. O progresso torna a vida mais agitada, mas traz, como conseqüência, o estresse."

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Dieta rica em gordura altera o relógio biológico

CHICAGO, EUA (AFP) - Uma dieta rica em gordura não é apenas ruim para o coração, mas também pode afetar o relógio biológico, deflagrando uma série de reações que interferem nas funções metabólicas, revelou um estudo nesta terça-feira.
O estudo em ratos sugere que o funcionamento do relógio interno, que regula o ciclo de sono e de vigília e graças ao qual se sente fome, está relacionado aos ritmos de certos processos metabólicos.
Uma dieta do estilo ocidental, com muitas calorias provenientes de gorduras saturadas, pode afetar o relógio biológico, iniciando um círculo vicioso que rompe os tempos de certos processos metabólicos, aumentando o risco de obesidade e diabetes.
"O ritmo e o metabolismo evoluíram juntos e são quase um sistema conjunto", disse Joe Bass, principal autor de um trabalho sobre o tema e endocrinologista da Universidade de Northwestern, em Chicago.
"Se perturbarmos o delicado balanço entre os dois, veremos efeitos nocivos", afirmou Bass, no estudo publicado no jornal "Cell Metabolism".
Durante seis meses, Bass separou dois grupos de ratos e submeteu um deles a uma dieta regular, e o outro, a uma rica em calorias e gorduras.
Depois de duas semanas, os ratos sob a dieta de estilo ocidental, com 45% de calorias em forma de gordura, mostraram uma mudança espontânea nos padrões de alimentação e ritmos de descanso e sono.
Além disso, começaram a comer em seu tempo típico de descanso ou sono.
"Não é apenas que os animais estejam comendo mais", acrescentou Bass. "O que está acontecendo é que, realmente, mudaram seus hábitos alimentares de forma tal que todos os excessos de comida acontecem durante seu período normal de descanso".
Além de mudanças no comportamento, os testes de laboratório mostraram que os níveis de certas moléculas de genes que regulam o ritmo circadiano estavam baixos no cérebro, fígado e tecidos de gordura do rato com dieta ocidental.
"Um dos efeitos danosos do excesso de calorias é que perturba este muito delicado e importante mecanismo de tempo que está presente em todos nós", afirmou Bass, destacando que esse relógio interno está presente tanto em plantas, animais como humanos.
"Fazendo isso, pode-se exacerbar o processo que conecta a dieta ao diabetes e à obesidade", completou.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Barulho demais mata!

Embora não pareça, o barulho é uma das principais causas de morte no mundo todo, segundo a OMS. Calcula-se que milhares de pessoas morrem anualmente vítimas deste problema.

A música, a palavra e a voz consomem grande parte de nossas vidas. Um mundo sem som seria triste, mas seu excesso também não é agradável. Tudo deve estar na medida certa: assim é o que determina a Organização Mundial da Saúde (OMS), que acaba de elaborar um relatório sobre a poluição acústica denunciando o aumento no número de mortes provocadas pelo barulho ao longo do planeta.
Segundo o relatório, publicado na revista "New Scientist", estes desagradáveis sons acabam com a vida de milhares de pessoas no mundo todo. É um problema grave, que ainda não recebeu a atenção necessária.


De acordo com os autores do estudo, a exposição a níveis de barulho superiores aos 50 decibéis representa cerca de 210.000 do total de mortes provocadas por ataques cardíacos anualmente.
Mas o barulho também nos traz toda uma série de males à nossa vida cotidiana, entre os quais se destacam a perda de capacidade auditiva, insônia, estresse, falta de concentração, problemas cardiovasculares, depressão e até impotência sexual ou problemas no feto das mulheres grávidas.


América Latina, cada vez mais exposta ao barulho.


A OMS adverte que a América Latina está cada vez mais exposta ao barulho. Apesar de os países latino-americanos e caribenhos terem normas para evitar o barulho prejudicial, sejam elas severas ou não, quase ninguém as cumpre, e o problema persiste na maioria dos espaços públicos da região.
Música alta, construções, tráfego de veículos, ofertas de produtos de lojas através de alto-falantes e até a pregação religiosa - que costuma contar com potentes equipamentos de som- fazem parte do panorama em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Assunção, Caracas, Guayaquil, Lima, La Paz, Montevidéu, Quito, San Salvador, Santo Domingo e Tegucigalpa.


A Cidade do México é uma das localidades que apresenta mais poluição industrial, visual e sonora em todo o mundo. Sua legislação estabelece o nível máximo de barulho de 85 decibéis em discotecas, restaurantes e salões de festas - número muito superior ao recomendado pela OMS.
Mas outras cidades latino-americanas também estão muito longe de cumprir as recomendações, como Buenos Aires e Santiago do Chile.
Na capital argentina, por exemplo, os 80 decibéis são facilmente superados a qualquer hora do dia, enquanto em Santiago do Chile, o barulho alcançou os 81 em algumas ruas do centro desde que começou o novo sistema de transportes público "Transantiago", através do qual apenas 16% da população não corre o risco de sofrer algum grau de perda auditiva.


Barulho também assola Europa


Os altos níveis de barulho também são um problema para a Europa. Segundo a revista, anualmente são perdidos mais de 600.000 anos potenciais de vida sadia por culpa de doenças envolvedo o excesso de barulho. Além disso, a mania dos europeus mais jovens de ouvir música alta faz com que quase 2% dos habitantes entre sete e 19 anos já tenham perdido parte de sua capacidade auditiva.
Mas o barulho também está por trás dos graves distúrbios do sono que afetam 2% dos europeus e de 3% dos casos de tinnitus - um fenômeno de personalidade perceptiva caracterizado por contínuos assobios nos ouvidos - que afetam aos cidadãos europeus.


Com isso, é preciso tomar consciência sobre o assunto e denunciar todos aqueles que infringem a lei e colocam em risco a nossa saúde.


Barulho no Brasil.


Basta andar pelas ruas das principais capitais do país para percebermos que nossos ouvidos são alvos dos mais diversos ataques sonoros. Num país onde o direito do cidadão praticamente não é respeitado, temos grandes chances de termos ao longo do tempo perda auditiva, mas algo que as vezes passa em branco e não pode ser ignorado são as doenças causadas pelo stress sonoro que enfrentamos todos os dias. Tenho visto ultimamente uma grande quantidade de jovens munidos de MP3 e o mais recente MP4. A geração IPOD deve tomar cuidado onde escutar musica, geralmente usamos esses aparelhos em lugares que já tem um lato indice de poluição sonora e para compensar, usa-se o volume desses aparelhos praticamente no máximo, o que com o uso diário e por longos períodos com certeza causará perda auditiva. "Tenho um IPOD e geralmente estava usando durantes minhas viagens de final de semana com o Convicção Trio, sempre que chegava, principalmente a noite, um zumbido constante permancia em meus ouvidos". Por causa do barulho do ônibus ou do transito estava usando o volume do meu IPOD em80% e as vezes 100%.


Zumbido no ouvido causado pelo excesso de barulho


Muitos pacientes que têm história de exposição a ruído apresentam zumbido. O barulho pode ser a causa mais provável do zumbido e este pode ou não ocorrer simultaneamente com perda auditiva. A maior parte dos pacientes que apresenta zumbido também tem problemas auditivos, mas uma pequena porcentagem (menos de 10%) tem audição dentro dos limites da normalidade.
O zumbido como resultado de exposição a ruído pode ocorrer súbita ou muito gradativamente. Quando ocorre subitamente, é freqüentemente percebido a uma intensidade razoavelmente alta e pode persistir nesse nível permanentemente. Entretanto, para outros, o zumbido é temporário e não retorna mais.


Mais comumente, o aparecimento do zumbido induzido por ruído é gradual e intermitente em seus estágios precoces. Os pacientes referem escutar um padrão médio de zumbido por um curto período de tempo após uma exposição prolongada a sons intensos. Uma vez que o paciente deixa de escutar a fonte do ruído, o zumbido desaparece rapidamente e se torna inaudível até a próxima exposição. Este padrão intermitente freqüentemente continua por meses ou anos com períodos de zumbido se tornando cada vez mais longos. Se a exposição ao barulho continua, o zumbido freqüentemente aumenta de volume e torna-se constante.
A maioria dos pacientes que tem uma longa história de exposição a ruído refere um zumbido que é tonal em qualidade e de alta freqüência, que se assemelha aos tons externos acima de 3000 Hz.

Programa de conservação da audição


Afastar-se do barulho o máximo possível.
Usar protetor auditivo individual quando o barulho for inevitável ou não puder ser paralisado.
Reduzir o tempo que você se expõe ao barulho.
Reduzir o barulho em sua fonte.


Como o zumbido afeta você.


É comum para as pessoas com zumbido notarem um aumento nos seus zumbidos enquanto estão expostos ao barulho. Em função disto referem que não podem freqüentar locais populares, tais como concertos musicais, danças, festas e eventos esportivos. Elas não podem usar cortador de grama, serras, aspiradores de pó, processadores de comida, ferramentas elétricas e armas de fogo. Algumas pessoas tiveram que abandonar seus empregos ou mudar de função por causa do barulho relacionado ao trabalho. Num curto período de tempo após terem se afastado de suas funções, elas percebem que seus zumbidos retornaram aos seus níveis originais.

Consequencias a sáude a exposição a altos ruídos.
O barulho é conhecido por ter efeitos nocivos não somente sobre a audição, causando estresse em todo o sistema circulatório, respiratório e digestivo. Exposição prolongada ao ruído pode causar dores de cabeça, cansaço e elevação da pressão arterial. O barulho pode interferir no aprendizado de crianças e até mesmo afetar uma criança por nascer.
Se você contribuir para a redução do ruído em seu ambiente, cada órgão de seu corpo, assim como das demais pessoas ao seu redor, estarão sendo beneficiadas.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

VOZ: você cuida da sua?

Só vale responder que sim se você costuma dar ouvidos às alterações de sonoridade. Elas podem denunciar o envelhecimento das cordas vocais e até mesmo problemas de saúde
Os sons vibram diferente em gente madura, já notou? É natural. A voz, assim como tudo no corpo, envelhece. É por isso que ela sai do tom — fica menos firme. No caso dos homens, ainda por cima, torna-se mais fina e, no das mulheres, mais grossa. O tratamento antienvelhecimento consiste em malhar as cordas vocais. Isso mesmo. Afinal, elas são formadas por fibras musculares, mas a sessão de exercícios deve ser feita sob orientação de um fonoaudiólogo.

Maus hábitos também contribuem. Talvez você fique sem fala de espanto, mas gravata apertada, por exemplo, prejudica a voz. Pelo menos por proximidade, isso faz algum sentido. Mas o que me diz de um cinto muito justo? “Esse acessório, assim como o nó que comprime o pescoço e, conseqüentemente, a garganta, atrapalha a passagem do ar, o que é fundamental para a fala”, explica a fonoaudióloga Kennia Iumatti, do Instituto Cecaf, entidade paulistana que tem como especialidade a comunicação oral.
E pensar que até a TPM pode afetar os sons que saem do aparelho fonador, formado por pulmões, brônquios e traquéia. Isso, vamos logo esclarecendo, se a mulher falar demais. “O inchaço, típico dessa fase, afeta as cordas na garganta”, avisa a fonoaudióloga Márcia Toledo, que também trabalha no Instituto Cecaf.

Tudo isso mostra o quão vulneráveis são as pregas vocais (outro nome para as cordas) diante de fatores externos e problemas orgânicos capazes de alterar o timbre — alterações que, muitas vezes, soam mal. O uso inadequado da voz, instrumento de trabalho de cerca de 30% da população do planeta, tem culpa no cartório, sem dúvida. Mas todos — não só os que tiram dela o seu sustento, caso de professores, operadores de telemarketing, locutores e tantos outros — precisam ficar atentos nas modulações, que, às vezes, indicam alguma encrenca — de refluxo gastroesofágico a câncer.

“Em geral a rouquidão resulta de um pólipo, que é um inchaço nas cordas vocais, ou um calo, que nada mais é do que um nódulo provocado pelo atrito entre elas”, exemplifica o otorrinolaringologista Eduardo Lutaif Dolci, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. O certo é ficar de ouvidos bem ligados para diferenciar uma aspereza vocal passageira, provocada por uma gripe ou algo assim, daquela que denuncia um problema mais grave. “Se uma modificação do tom durar mais do que 20 dias, procure um médico”, avisa Dolci. Vale mesma recomendação para as pessoas que vira e mexe ficam roucas.

Às vezes a rouquidão é tão forte que a voz vira um fiapo, perdendo a força até desaparecer. O risco de ficar afônico aumenta quando se é obrigado a ingerir certos medicamentos. “Os ansiolíticos, por exemplo, interferem na circulação sangüínea e chegam mesmo a alterar o controle dos músculos envolvidos na fala”, afirma Márcia Toledo. “Já os diuréticos ressecam as cordas vocais, enquanto o ácido acetilsalicílico dilata os vasos e pode até provocar o rompimento de um deles se a pessoa falar demais.” O que fazer? Bem, se não for possível evitar essas drogas, capriche na hidratação. “Quem usa muito a voz ou trabalha em ambientes com ar condicionado, que retira boa parte da umidade do ar, também deve beber muita água ao longo do dia”, indica a fonoaudióloga Mara Behlau, diretora do Centro de Estudos da Voz, em São Paulo.

Se apesar de todos os cuidados a voz teimar em falhar, não é uma boa idéia apelar para tratamentos paliativos, como pastilhas para a garganta e sprays. Diferentemente do que se pensa, esses recursos não resolvem o problema. Ao contrário, podem até piorá-lo. Não à toa. As cordas vocais ficam anestesiadas, a pessoa se sente mais confortável e acaba falando além da conta. A primeira medida para qualquer alteração de voz é simples: repouso. “Dá até para traçar um paralelo entre a voz judiada e um atleta que torce o tornozelo e, em vez de imobilizá-lo, prefere usar um medicamento anestésico para voltar ao jogo”, compara Eduardo Lutaif Dolci. “A lesão ficará ainda mais grave.” Portanto, prefira fazer alguns minutos de silêncio.
SONS CRISTALINOS Uma voz harmoniosa depende de uma série de hábitos.
O QUE FAZ BEM:

MAÇÃ E FRUTAS CÍTRICAS Elas são tonificantes e reduzem a viscosidade da saliva, o que ajuda a evitar o pigarro, capaz de machucar as cordas vocais.

UMA BOA NOITE DE SONO contribui para descansar essas estruturas depois de um dia cheio de falatório.

O REPOUSO VOCAL durante o dia também é recomendado para quem precisa falar horas a fio.

O QUE FAZ MAL:

CAFÉ, REFRIGERANTES, CHÁ PRETO. A cafeína resseca os tecidos das pregas vocais.

MEL, LEITE E CHOCOLATE. Eles aumentam a viscosidade do muco. Evite leite quando sentir que está pigarreando.

CONDIMENTOS FORTES e uso constante de própolis irritam a mucosa.

CIGARRO pode provocar câncer de laringe e, claro, leva àquela rouquidão típica dos fumantes.

FALAR MUITO ALTO ou cochichar também são hábitos capazes de lesionar as cordas vocais.

COMER DEMAIS E IR PARA A CAMA em seguida. Isso provoca refluxo, outro vilão.

TREINO AFINADO. O fonoaudiólogo bem que poderia ser considerado um personal trainer da voz. Afinal, ele domina técnicas capazes de dar uma guinada naquele timbre que é incompatível com a imagem de quem o emite. “São comuns os casos de pessoas cuja voz nada tem a ver com o porte físico ou a profissão que exerce”, lembra Márcia Toledo. Pense, por exemplo, num homem alto e cheio de músculos, mas com voz fininha, fininha. “Ela pode ser trabalhada”, garante Kennia Iumatti.

MANTENHA O TOM O que você deve evitar para manter a juventude da sua voz por muitos anos

1. NÃO SEGURE O TELEFONE ENTRE O OMBRO E O QUEIXO
As mãos ficam livres, mas isso exige mais de um lado das cordas vocais do que do outro. Esse desequilíbrio favorece o envelhecimento vocal com o tempo.

2. GRITAR EM SHOWS
Quem compete com o barulho ambiente pode acordar afônico no dia seguinte. O trauma nas cordas vocais provoca um inchaço semelhante ao que surge com uma gripe. E se ele for constante, já viu...

3. ALIMENTOS E BEBIDAS MUITO QUENTES OU GELADOS
O choque térmico danifica os vasos sangüíneos. Aprenda: tomar água em temperatura normal antes e depois atenua essa reação.

4. FALAR DURANTE A MALHAÇÃO
O bate-papo pressiona as cordas vocais e obriga a soltar o ar para que elas vibrem, o que acaba atrapalhando o fôlego.

5. BEBER ÁLCOOL
Ele resseca as cordas vocais. É melhor deixar de lado as bebidas destiladas. Se for bebericar, tome água entre um gole e outro.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Cuidado com as Frituras!

Confesse: pastéis, batata e afins ficam uma delícia preparados desse jeito e podem fazer parte do cardápio de vez em quando. Mas com óleo reaproveitado jamais!
Ok., o pastel que sai da frigideira fumegante encharcado de gordura, como o que ilustra esta reportagem, pode ameaçar a saúde. Um estudo assinado por especialistas de diversas universidades espanholas chega para reforçar a acusação e apontar o elo entre as frituras e o aumento da circunferência abdominal, um problema associado ao infarto.
“Nesse tipo de preparação é contínua a exposição do óleo a fatores responsáveis por reações químicas”, conta a nutricionista Bianca Chimenti, do Instituto do Coração, em São Paulo. “E aí as moléculas de ácido graxo se transformam, passando de poliinsaturadas, que são benéficas, a saturadas, que só fazem mal. O processo pode até levar à temida gordura trans.”
Não raro o resultado de toda essa metamorfose afeta perigosamente o coração. Não custa lembrar que as gorduras saturadas e as do tipo trans aumentam a fração ruim do colesterol, o LDL, e fazem despencar a boa porção, que atende pelo nome de HDL — e isso torna os vasos sangüíneos vulneráveis ao entupimento. Para piorar, muitos nutrientes do óleo, como os ômegas-3 e 6, que protegem o sistema cardiovascular, acabam virando fumaça. Literalmente. “O aquecimento exagerado favorece essa perda”, explica o bioquímico Jorge Mancini, professor da Universidade de São Paulo.
Até mesmo o riquíssimo azeite de oliva sai com a boa fama chamuscada da frigideira. É que o calor faz os festejados compostos fenólicos simplesmente desaparecerem, cedendo espaço a uma concentração de moléculas oxidadas, nocivas às membranas celulares.
Só que essas reações são bem mais intensas quando o óleo fica tempo demais na frigideira ou, pior, é reaproveitado. Com um óleo novinho e uma preparação zás-trás, dá até para comer fritura vez ou outra. Só cuidado para não abusar na quantidade. Para você ter um idéia, uma escumadeira cheia de batata cozida fornece 68 calorias, enquanto a mesma quantidade da que passou por fritura apresenta nada menos do que 182.
No óleo velho ou naquele submetido a altas temperaturas por muito tempo, a concentração de substâncias nocivas aumenta e o risco de problemas também. “Durante o preparo, não adianta despejar óleo novo sobre o que já está na panela achando que assim a mistura fica mais saudável”, alerta Gláucia de Souza. Isso também provoca a deterioração do produto recém-saído da lata.
Ninguém vai banir iguarias fritas do cardápio para todo o sempre. Mas, por favor, se a vontade bater forte, pense na saúde do planeta e, depois de preparar sua receita, não despeje o líquido engordurado no ralo da pia. Esse péssimo hábito contamina os rios. Estimativas do Grupo Pão de Açúcar, que está à frente de um programa de proteção ambiental, dão conta de que cada litro de óleo jogado no esgoto tem capacidade para poluir cerca de 1 milhão de litros de água! “Formam-se crostas de gordura na superfície, o que impede a passagem de luz e compromete a vegetação e os peixes nos rios”, alerta Adriano Ferreira Calhau, coordenador do Instituto Triângulo, uma ONG sediada em Santo André, na Grande São Paulo. Além de acabar com a vida aquática, os resquícios gordurentos podem formar uma espécie de capa oleosa que impermeabiliza o solo e dificulta o escoamento das chuvas, aumentando as chances de enchentes. Há quem desconfie, inclusive, que essa seja uma das causas das inundações na cidade de São Paulo.
TIPOS E TIPOS Uns mais, outros menos, todos os óleos de cozinha apresentam nutrientes essenciais CANOLA Aclamado como um dos óleos mais nobres, possui uma das maiores quantidades de ômega-3, uma molécula protetora dos vasos. SOJA Contém um bom percentual de ômega-6, substância que ajuda a regular os níveis de colesterol. MILHO Mais um bom fornecedor do ômega-6. GIRASSOL Oferece boas quantidades de ácidos graxos monoinsaturados, aliados das artérias.
FIQUE ESPERTO NA FEIRA Para quem não resiste a um pastel frito fora de casa, a dica é prestar muita atenção em alguns sinais de perigo para não acabar com uma baita diarréia. Quando a gordura é reutilizada além da conta, formam-se compostos químicos capazes de irritar a parede do intestino e levar ao desarranjo. “Se o óleo estiver escurecido, avermelhado ou marrom e ainda houver excesso de resíduos no fundo do tacho, está velho”, ensina a nutricionista Gláucia de Andrade Rolim de Souza, do Hospital Professor Edmundo Vasconcelos, em São Paulo. Outra: espuma ou fumaça denunciam uma temperatura alta demais, que favorece a formação de radicais livres, moléculas perigosas para nossas células.

Saúde é Vital. Abril

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Cuide da sua Digestão

Os médicos garantem: a pressa do dia-a-dia é uma das maiores culpadas por um sistema digestivo que não funciona a contento. Mas há outros maus hábitos que precisam ser corrigidos. E você ganhará muito com isso.

Ao primeiro toque do despertador você pula da cama, se arruma e sai de casa correndo. Desfrutar de um belo desjejum nem passa pela cabeça. No almoço a ansiedade acelera as garfadas e encurta o tempo de mastigação. À tarde não há aquela paradinha para um lanche. E à noite, graças ao cansaço e à fome, a vontade é de atacar depressa tudo o que estiver à mesa ou na geladeira. Pois bem. Os especialistas afirmam que esse cenário, em que não há espaço para refeições balanceadas e tranqüilas, está por trás do aumento das queixas de problemas digestivos — e até da obesidade.

Os experts não se cansaram de bater nessa tecla em dois grandes eventos científicos recentes — a Semana de Doenças Digestivas, que juntou médicos do mundo inteiro em Washington, nos Estados Unidos, e o 34° Curso de Atualização em Cirurgia do Aparelho Digestivo e Coloproctologia, o Gastrão, que aconteceu na capital paulista no mês passado.
O corre-corre faz mal em dois sentidos. Além de atrapalhar as refeições em si, indica nervosismo e agitação, emoções que atrapalham, sim, a digestão. “Ela é regulada por uma rede de células nervosas interligadas com o cérebro, inclusive com aquelas áreas que têm a ver com os sentimentos”, descreve o gastrenterologista Ivan Cecconello, do Hospital das Clínicas de São Paulo, que foi o presidente do Gastrão deste ano. “Prova disso é que situações estressantes muitas vezes causam diarréia”, diz. A boa notícia, alardeada pelos médicos daqui e de lá, é que pequenas alterações no dia-a-dia podem fazer maravilhas e contribuir no tratamento dos males mais comuns. “Os remédios ajudam, mas, se não houver mudança de hábitos, o risco de os sintomas voltarem é grande”, enfatiza o gastrenterologista Orlando Ambrogini Júnior, da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp. O estilo de vida — dizem em uníssono — influi diretamente no processo de absorção dos nutrientes. E, quando ele acontece direito, não é só a barriga que sai mais leve. Até o coração pode ser beneficiado. Está provado, por exemplo, que a má digestão favorece problemas com o colesterol, entre outros. Por isso, vale a pena prestar mais atenção nas reações do seu corpo depois de uma boa refeição.

PROBLEMAS INDIGESTOS Muitos males atacam os órgãos envolvidos na digestão. Conheça os mais comuns e saiba como tratá-los:

GASTRITE Queimação e dor de estômago são as principais queixas de quem sofre com essa inflamação da mucosa estomacal. O desconforto esporádico, porém, não é suficiente para o veredicto de gastrite. Só vale a pena marcar uma consulta médica quando ele dura mais de duas semanas. Para o diagnóstico o especialista pedirá uma endoscopia. As imagens obtidas no exame revelarão se o indivíduo tem um dos dois tipos mais comuns da doença, a aguda, provocada pelo consumo abusivo de álcool ou de remédios, por exemplo, ou a crônica, que tem como causas principais o estresse constante, o cigarro e o café. Uma bactéria, a Helicobacter pylori, também pode estar por trás do mal. “De qualquer forma, a dieta precisa sofrer mudanças”, avisa Orlando Ambrogini Júnior. “Alimentos ácidos, gorduras, cafeína e álcool devem ser banidos.” Os remédios só entram em cena se, apesar das alterações no cardápio, a dor não for embora.

ÚLCERA É uma ferida no estômago ou no duodeno, o início do intestino. Os sintomas são os mesmos da gastrite. Isso leva muita gente a imaginar, erroneamente, digase, que as lesões provocadas pela úlcera resultaram da evolução do processo inflamatório nas paredes do estômago. Para aumentar a confusão, as causas dos dois problemas — uso prolongado de alguns remédios e ação da Helicobacter pylori — são semelhantes. Fatores como o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e o cigarro também podem contribuir para o desenvolvimento da úlcera. O tratamento, em princípio, é medicamentoso. A cirurgia só é cogitada se os remédios não surtirem o efeito esperado ou se houver complicações, como uma perfuração ou suspeita de câncer.

AZIA Quem é que nunca sentiu aquela queimação depois de uma refeição muito pesada? A azia acontece quando parte do alimento que estava no estômago retorna para o esôfago e traz consigo os ácidos usados na digestão. Em geral o desconforto surge quando comemos demais. Isso porque a grande quantidade de alimento, juntamente com o ar que entra pela boca naturalmente enquanto mastigamos, faz muita pressão no esfíncter, a válvula que liga o esôfago ao estômago. Quando a azia aparece de vez em quando, tudo bem. Aí basta um antiácido para acabar com o mal-estar.

REFLUXO Se a azia é freqüente, ou seja, dá as caras pelo menos uma vez por semana, é bem provável que seja provocada pelo refluxo gastroesofágico. “Trata-se de um defeito no esfíncter, que não trabalha de maneira eficiente”, explica o gastrenterologista e nutrólogo Celso Cukier, do Instituto de Metabolismo e Nutrição, em São Paulo. “O problema pode ser congênito ou provocado por fatores como obesidade”, acrescenta Ivan Cecconello. Daí, vira e mexe as paredes do esôfago são agredidas pelos ácidos que estão misturados à comida. “Isso pode provocar dor e até rouquidão”, diz Cukier. Em casos mais graves há risco de infl amação no esôfago, a esofagite, e até de um câncer. O refl uxo costuma ser controlado com drogas e ajustes na dieta. Em alguns casos, no entanto, uma cirurgia pode ser necessária.

CONSTIPAÇÃO Trata-se da famosa prisão de ventre. “O normal é evacuar diariamente”, afirma o gastrenterologista e cirurgião do aparelho digestivo Carlos José Lazzarini Mendes, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. “Se as idas ao banheiro forem espaçadas demais, é preciso analisar os hábitos que podem estar contribuindo para o intestino preguiçoso”, opina Mendes. Algumas pessoas, principalmente as mulheres, evitam utilizar o vaso sanitário em qualquer lugar e, com o tempo, é como se o intestino perdesse o hábito de se movimentar. Sim, porque ele produz movimentos para empurrar os alimentos.
Já quem apresenta prisão de ventre passageira quando viaja não precisa esquentar a cabeça. Isso é considerado uma reação normal em organismos mais sensíveis a mudanças de rotina. Quem tem o problema no dia-a-dia, porém, precisa procurar ajuda. “A prática de exercícios físicos ajuda a resolver a situação, porque aumenta o fluxo sangüíneo no abdômen e estimula os tais movimentos intestinais”, garante Celso Cukier.

FLATULÊNCIA O incômodo provocado pelo excesso de gases vai muito além de situações vexatórias. Por sua causa a barriga incha, aparecem cólicas abdominais e às vezes uma dor tão forte no peito que chega a ser confundida com uma angina. Os gases podem se formar tanto em razão do ar que ingerimos junto com a comida, a bebida ou mesmo durante um bate-papo como pela ação das bactérias que fermentam os alimentos durante a digestão. Alguns cuidados diminuem a probabilidade do desconforto. “Comer devagar e moderar o consumo de alimentos que provocam mais fermentação, como o feijão e a lentilha, ajudam muito”, exemplifi ca Ivan Cecconelo. Certos remédios dão alívio, porque diminuem a agregação das bolhas de ar, que fi cam fracas e estouram dentro do organismo. Não adianta, porém, consumi-los a torto e a direito sem mudar alguns hábitos.

DIARRÉIA Ela pode ser causada por um alimento que não caiu bem. Ou por microorganismos, como bactérias e vírus, capazes de alterar o funcionamento do intestino. No entanto, algumas doenças inflamatórias no próprio órgão às vezes têm culpa no cartório. “Caso a disfunção perdure por cerca de 48 horas, evite gorduras e açúcares e beba bastante líquido, principalmente os isotônicos”, aconselha Carlos José Lazzarini Mendes. “Se mesmo assim o desarranjo persistir ou então se notar um pouco de sangue e ainda surgir febre, procure depressa um especialista”, alerta. “Em circunstância nenhuma tome remédios para estancar a diarréia ou analgésicos sem a supervisão de um médico”, aconselha. “Isso pode esconder os sintomas e mascarar um problema mais sério.”

HEMORRÓIDAS “Elas consistem na dilatação dos vasos sangüíneos do reto e do canal do ânus”, explica o cirurgião do aparelho digestivo Marçal Rossi, de São Paulo. “Embora as causas não sejam totalmente conhecidas, já se sabe que podem ser provocadas pela prisão de ventre”, conta Rossi. As hemorróidas apresentam-se em quatro graus. As do primeiro são internas. As do segundo chegam a se projetar para fora do corpo, mas voltam espontaneamente. As do terceiro só retornam com um empurrãozinho de um especialista. Finalmente, no quarto grau, a mucosa do ânus fica exposta e o tratamento deve ser cirúrgico. O sintoma mais comum sempre é o sangramento, sem contar a sensação de coceira ou ardor.

6 ATITUDES PARA A COMIDA CAIR BEM O que você deve fazer para digerir direito uma refeição
1 – Concentre-se no que está comendo. Isso é primordial.
2 - Faça as refeições em locais tranqüilos.
3 - Estabeleça um horário relativamente fixo para o café da manhã, o almoço e o jantar. Seu corpo gosta dessa disciplina.
4 - Não fique mais do que seis horas em jejum.
5 - Evite tomar muito líquido junto com a comida.
6 – Não faça lanches pesados antes de ir para a ginástica ou para a cama.

O QUE CAI BEM. Alguns alimentos são nossos aliados na batalha contra os problemas gastrintestinais:

IOGURTE: ajuda a curar diarréias. Um pote por dia já é o sufi ciente para prevenir a encrenca.• GENGIBRE: mastigá-lo cru ou usá-lo na forma de chá é uma ótima opção contra o enjôo. Mas essa dica não vale para o mal-estar matinal das grávidas.
BANANA: substâncias dessa fruta formam uma espécie de filme protetor na parede do estômago, diminuindo os ataques da acidez.
AMEIXA E PÊRA: eis aqui duas frutas com uma excelente combinação de fibras para combater a prisão de ventre.
CHÁ VERDE: tomado logo após as refeições, é um ótimo antiácido.
ARROZ: por ter pouca proteína, ele vai rapidamente para o intestino sem liberar muito ácido no estômago, o que evita que a azia piore quando a pessoa está em plena crise.

O QUE CAI MAL. Guarde bem a lista de alimentos abaixo e modere o consumo:

FRITURAS: a gordura dificulta a digestão e pode provocar a sensação de estômago pesado.
FRUTAS MUITO ÁCIDAS: elas aumentam a produção de sucos digestivos, provocando azia ou dor de estômago.
CARNES GORDUROSAS: a grande quantidade de proteína torna a digestão mais lenta. Se tiver gordura então...
SAL EM EXCESSO: estudos apontam que pode provocar câncer de estômago, além de aumentar a atividade da Helicobacter pylori.
BEBIDAS ALCOÓLICAS: agridem a mucosa estomacal e sobrecarregam o fígado. Para quem sofre com refl uxo é pior ainda, pois elas irritam o esôfago e relaxam o esfíncter.

Revista Saúde.

Coma mais Amêndoas

Esta fruta e outras oleaginosas deliciosas e funcionais são consideradas uma rica fonte de proteína vegetal. Por exemplo: 20 gramas de castanhascontêm em média 3 gramas de proteína, o que equivale a duas colheres de sopa de feijão ou 15 gramas de frango. As vantagens não param por aí.
Armas secretas: proteína, gorduras monoinsaturadas, vitamina E, folato (nos amendoins),> bras, magnésio, fósforo e selênio (na castanha-do-pará).
Lutam contra: obesidade, doenças cardíacas, perda de massa muscular e câncer.
Aliados: sementes de abóbora, sementes de girassol e abacate.
Vilões: versões salgadas e torradas têm mais sódio, que aumenta a pressão sangüínea.

BARRA DE CEREAIS CASEIRA

O QUE VOCÊ PRECISA:
200 g de aveia em flocos
100 g de damascos secos
50 g de sementes de linhaça
50 g de amêndoas
2 colheres de sopa de mel
2 colheres de chá de canela
1 colher de sopa de azeite extra virgem

COMO FAZER:
Em uma panela esquente o azeite em fogo baixo e adicione a aveia até ficar dourada. Misture os outros ingredientes e coloque o mel. Quando o mel derreter, mexa tudo muito bem para que ele dê liga. Com a ajuda de uma espátula, vá formando dez barrinhas e tire-as do fogo. Guarde as barras quentes em sacos herméticos com fecho e deixe esfriar.

Cuide da Garganta

Diga ahhhh...
Sua garganta volta e meia dá problemas. Veja os principais sintomas, por que ocorrem e o que fazer em cada caso.

Sintoma: dor constante
Significado: as fibras nervosas da faringe reagem a uma inflamação devido à ação de vírus ou bactérias.
Remédio: se a dor estiver forte, procure um médico.A infecção pode levar à febre. Antibióticos resolvem.

Sintoma: pigarro ou tosse
Significado: terminações nervosas reagem a uma infecção e despertam os receptores da tosse.
Remédio: gargarejo com água e sal e uso de medicamento prescrito pelo médico.
Sintoma: rouquidão ou falta de voz
Significado: laringite ou inflamação nas cordas vocais, comumente causada por infecção viral.
Remédio: vírus é combatido com medicamento. Sussurrar pode ser mais prejudicial do que falar.
Sintoma: tosse com muco
Significado: infecção causada pela inflamação nos brônquios. Você gera muco (catarro) para se livrar dela.
Remédio: o mesmo que para o pigarro. O uso de expectorante sugerido pelo médico vai ajudá-lo.
Sintoma: inflamação dos nódulos linfáticos
Signifi cado: um vírus agressivo ou uma infecção por mononucleose. Seus nódulos estão trabalhando demais para defender seu corpo da doença.
Remédio: consulte um médico para um exame.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Mitos sobre o inverno

Na semana passada, boa parte dos brasileiros teve que enfrentar as temperaturas mais baixas do ano. Além do frio, o inverno traz também outros problemas, como a diminuição da umidade do ar. Para ajudar a enfrentar os quase dois meses que ainda restam da estação fria, o G1 ouviu o médico pneumologista Edimar Pedrosa Gomes, da Universidade Federal de Juiz de Fora. Gomes respondeu o que é mito e o que é verdade na hora de se proteger do frio. Confira!

Tomar banho muito quente mesmo durante o inverno faz mal?

Verdade! Os banhos quentes, independente da estação do ano, causam o ressecamento da pele por eliminar, com a ajuda do uso de sabonetes, uma camada protetora e superficial da pele rica em gordura, que serve como proteção. Aliado ao clima frio e ao vento, o problema se agrava. Os banhos não devem ser muito prolongados (mais de 20 minutos) e a temperatura deve variar entre os 29° a 37°.

No inverno, o clima fica mais seco. Colocar baldes de água pela casa realmente funciona?

Mito! Na verdade, a utilização de baldes ou toalhas molhadas no interior de residências surte pouco efeito no aumento da umidade do ar, uma vez que a evaporação é lenta. O uso de vaporizadores ou mesmo de água quente do chuveiro é mais indicado.

A maioria dos aquecedores de ar também é desumidificadora. Seu uso faz mal para a saúde?

Verdade! Todo tipo de aquecedor que cause a redução da umidade do ar pode aumentar o ressecamento de mucosas e a transmissão de microrganismos. O ideal é o uso de aquecedores que não causem redução da umidade do ar ou aquecer os ambientes, mas mantendo uma porta ou janela aberta.

É verdade que o frio dá mais fome? Nosso corpo precisa de mais comida no inverno?

Verdade! O corpo humano é homeotérmico, ou seja, necessita manter uma temperatura constante. No inverno, com a perda de energia para o meio externo, o organismo humano acaba necessitando de mais calorias, o que acaba sendo interpretado, pelo cérebro, como uma necessidade maior de alimento. Como temos alimentos à nossa disposição ricos em calorias, o risco é que antes de usarmos nossas reservas calóricas (gorduras), acabemos por adquirir uns quilinhos a mais com a ingestão maior de alimentos. O ideal é manter a prática de exercícios físicos e uma dieta equilibrada mesmo no inverno.

Estamos livres da desidratação no inverno?

Mito! Um adulto de 70 kg deve ingerir diariamente em torno de 2,5l de água. Apesar de, no inverno, reduzirmos perdas como o suor, continuamos a eliminar líquido, como na urina. Por isso, a dica é ingerir líquidos, mesmo sem sede.

Há perigo em tomar gelado no inverno? Tomar sorvete realmente dá dor de garganta?

Mito! Algumas pessoas, devido à sensibilidade maior que apresentam, podem sentir dor após a exposição a alimentos frios, mas os verdadeiros motivos são desconhecidos.

A vitamina C durante o inverno realmente diminui o risco de gripe?

Mito! Embora seja uma crença popular, não há comprovação científica de que a vitamina C seja capaz de reduzir a ocorrência de gripes e resfriados.

É preciso usar filtro solar no inverno?

Verdade! O uso de filtro solar independe da temperatura ambiente, e sim do nível de exposição à luz solar, que é até maior no inverno, com dias menos nublados e maiores índices de poluição.

Edredon é melhor que cobertor de pêlo?

Para algumas pessoas! Para portadoras de doenças alérgicas como asma e rinite, o uso de cobertores de pêlo pode aumentar a exposição a ácaros, poeiras, desencadeando os sintomas destas doenças. Alguns indivíduos apresentam maior sensibilidade à lã, podendo também provocar sintomas dessas doenças alérgicas.
Fonte: Edimar Gomes, da Universidade Federal de Juiz de Fora. Globo.com

segunda-feira, 16 de julho de 2007

A importância dos exercícios abdominais para a manutenção saúde da coluna

Durante a realização de atividades diárias, (caminhada, corridas, carregamento de pesos), a coluna vertebral está constantemente submetida a forças compressivas de tensão, de torção e de cisalhamento (ADAMS et al., 1994). Estas forças são distribuídas ao longo da coluna vertebral através de um eficiente sistema biomecânico, constituído por vértebras, ligamentos, músculos e discos (WATKINS, 1999). Entre estas estruturas da coluna vertebral, os discos intervertebrais realizam um papel fundamental na absorção e distribuição destas forças. Os discos funcionam como um sistema visco-elástico que quando submetidos a forças de compressão deformam-se radialmente e o fluído contido no núcleo pulposo e ânulo fibroso são expelidos (ADAMS e HUTTON, 1983). A combinação destes mecanismos faz com que os discos intervertebrais percam a altura e causem uma redução no comprimento da coluna (REILLY, et al.1984).Quando as cargas compressivas são removidas ou reduzidas, os discos intervertebrais reabsorvem fluido e gradativamente retornam à sua altura inicial (KAPANDJI, 2000) e permitem que os sujeitos recuperem o comprimento da coluna vertebral e do corpo (estatura). As variações no comprimento da coluna vertebral, decorrentes de diferentes tipos de forças ou cargas podem ser quantificados através de medidas de pequenas variações na estatura - estadiometria (EKLUND e CORLETT 1984, VAN DIEËN et al. 1994). Vários estudos têm descrito que as deformações dos discos intervertebrais são proporcionais à magnitude das forças impostas sobre a coluna vertebral (TYRRELL et al. 1985 LEATT et al. 1986 ALTHOFF et al. 1992 Rodacki et al. 2000).Os músculos também realizam um papel relevante na absorção de forças e estabilização da coluna vertebral durante as atividades do cotidiano. Por exemplo, quando os músculos flexores e extensores do tronco são fortalecidos há um aumento na pressão intra-abdominal, a qual estabiliza e reduz o estresse aplicado a coluna (WATKINS, 1999). Desta forma um equilíbrio de força entre os músculos flexores e extensores do tronco auxilia na manutenção da boa postura e na redução das sobrecargas nos discos intervertebrais e nas estruturas mais sensíveis da coluna vertebral. A força destes músculos tem sido descrita como um importante fator na prevenção de problemas de dores nas costas. Os músculos flexores do tronco fracos têm sido associados com a incidência de lombalgias, por exemplo se os abdominais são fracos, além da redução da pressão intra-abdominal, há pouco controle sobre a pelve desencadeando uma postura hiperlordótica, a qual sobrecarrega indevidamente as articulações apofisárias posteriores e o disco intervertebral (WATKINS, 1999). Borenstein et al (1995) descreve a importância do fortalecimento dos músculos flexores do tronco para a manutenção de uma boa postura e na prevenção de lesões na coluna vertebral. A forma mais adequada de fortalecer os músculos abdominais é através do exercício abdominal. Os exercícios abdominais são executados em uma posição deitada (similar à posição utilizada para a descompressão da coluna vertebral, onde as forças compressivas são reduzidas), Porém deve -se observar os exercícios abdominais realizados com os coluna totalmente retificada a qual produz uma redução na curvatura da lordose, forçando a pelve posteriormente. O resultado da redução da lordose causa um aumento na pressão do disco intervertebral, ocasionando desta forma uma maior sobrecarga na coluna vertebral durante a prática destes exercícios (HAMILL e KNUTZEN, 1999). De fato vários estudos sugerem que os abdominais devem ser avaliados de acordo com sua efetividade, segurança (Plowman, 1992 HAMILL e KNUTZEN, 1999 ).Clinicas de reabilitação apresentam diferentes enfoques para o tratamento de dores na coluna, porém o método desenvolvido por Joseph Pilates vem sendo utilizado com um meio alternativo para devolver a funcionalidade às pessoas que sofrem de problemas de coluna (Comerford&Mottram,2001), e que não necessitem intervenções clinicas. No método Pilates existe uma variedade de exercícios que auxiliam o fortalecimento dos músculos abdominais. Desta forma essa e uma das razões pela qual muitas pessoas começam a utilizar o Pilates tanto para o tratamento quanto para a profilaxia de dores nas costas, aumentando a já grande legião de aficionados pelo método.

terça-feira, 26 de junho de 2007

A vantagem de ser Vegetariano

Nos últimos anos, extensivos estudos médicos têm provado que os Ocidentais seguem uma dieta com quantidade excessiva de açúcares, proteínas, gorduras saturadas, colesterol, pesticidas e com poucas fibras. Este tipo de dieta causa várias doênças e elevados custos médicos. Aqueles que seguem uma alimentação rica em carnes onde consomem várias vezes mais proteínas do que as que são necessárias morrem mais cedo. Essas proteínas extras não só são um desperdício como causam doenças desnecessárias. O consumo exagerado de produtos animais na dieta ocidental é responsável, em parte ou na totalidade, pelo alto índice de morte causadas pelas seguintes doenças: ataque cardíaco, artrite, câncer de mama, câncer de próstata, câncer do cólon, osteoporose, diabetes, asma, pedra nos rins, impotência e obesidade. Os vegetarianos são, por regra, mais saudáveis, como comprovam vários estudos (da American Dietetic Association and Dietitians of Canada ou do PCRM - Phisicians Committee for Responsible Medicine - http://www.pcrm.org/ , por exemplo). Com uma alimentação isenta de produtos animais é possível obter todos os nutrientes (excepção da B12) - como já escrevi no artigo anterior, necessária ao bom funcionamento do organismo. A chave de uma alimentação vegetariana está, pois, na variedade e em saber combinar os alimentos. Os vegetarianos escolhem uma dieta menos poluída com toxinas e, também, em venenos como o mercúrio, que polui as águas do mar e dos rios. Nenhum vegetariano precisa se preocupar com a vaca louca, a febre aftosa, os hormônios das galinhas ou o colesterol da carne de porco ou da pele dos frangos. Os peixes, que até bem pouco eram considerados uma alternativa mais saudável do que a carne, também não escapam às agressões ambientais. Pior ainda é que estes não têm um sistema de eliminação capaz de expelir as toxinas que ingerem nas águas poluídas em que vivem. Portanto, quem come peixe está inevitavelmente também ingerindo toxinas.

Doenças cardíacas: Uma das maiores vantagens que se pode ter ao diminuir o consumo de produtos de origem animal é a redução do risco de doenças cardíacas. As doenças do coração são uma das principais causas de morte nos países que mantêm um consumo alto de produtos de origem animal. Só os Estados Unidos gastam anualmente cerca de 100 biliões de dólares no tratamento de doenças cardíacas. E a cada 45 segundos, nesse mesmo país, ocorrem mortes devido a ataques cardíacos. É principalmente nas carnes magras que mais se encontra colesterol (que, consequentemente, aumenta o risco de doenças coronárias), embora possa parecer razoável o contrário. Os legumes, os grãos, os vegetais e as frutas são alimentos totalmente isentos de colesterol (este é exclusivamente de origem animal, e não está presente em nenhum produto exclusivamente vegetal). Alguns números sobre a média de risco de morte por ataque cardíaco: Em homens americanos que consomem carne é de 50%. Em homens americanos que não comem carnes é de 15%. Em homens americanos que não consomem carne, ovos ou produtos lácteos é de 4%.

Câncer: O risco de contrair muitas das formas de câncer pode ser reduzido com a diminuição do consumo de produtos que contêm alta quantidade de gorduras animais. Na Inglaterra, onde os vegetarianos já têm desconto no seguro de vida, o Journal of National Medicine (principal órgão técnico-informativo britânico sobre saúde) publicou um estudo que prova que os vegetarianos têm menos 40% de probabilidades de desenvolver câncer ou doenças cardíacas, se comparados aos que comem carne. O grupo de pesquisadores comparou 6115 vegetarianos com 5015 carnívoros, ao longo de 12 anos. O objetivo era constatar se a dieta vegetariana é capaz de reduzir o risco de morte prematura. Depois de incluírem variantes como tabaco, grau de obesidade e classe social, os pesquisadores concluíram que a dieta à base de verduras reduziu efectivamente o risco de câncer e de doenças cardíacas. Por exemplo: Aumenta-se o risco do câncer da mama em mais 2,8 ao comerem ovos e produtos lácteos uma vez por semana. Aumenta mais 3,2 vezes o risco de ter câncer de mama ao se comer manteiga e queijo 2 a 4 vezes por semana. Aumenta em 3 a 8 vezes mais o risco de ter câncer de mama a mulher ao comer carne pelo menos uma vez por semana. Aumenta mais 3,6 vezes o risco de ter câncer dos ovários a mulher que consome 3 ou mais ovos durante a semana. Aumenta em 3 vezes mais o risco de câncer na próstata o homem que consome carne, ovos e produtos lácteos.

Nota:
“Cristo deu a seu povo definidas instruções acerca de seus hábitos de vida, e assegurou-lhe:"E o Senhor de ti desviará toda enfermidade." Deut. 7:15. Quando cumpriam as condições, verificavam-se as promessas. "Entre as suas tribos não houve um só enfermo." Sal. 105:37.

Sobre as Carnes:
“Verduras, frutas e cereais, devem constituir nosso regime. Nem uma grama de carne deve entrar em nosso estômago.” *CSRA, p. 380
“Os animais estão doentes, e participando de sua carne, plantamos as sementes de enfermidades em nossos tecidos e sangue.” *CSRA, p. 386

* Livro: Conselho Sobre Regime Alimentar E.G.W

domingo, 17 de junho de 2007

Carência de B12 em Vegetarianos Estritos.

Os principais tipos de dieta vegetariana são: Vegetarianismo estrito - evitam o consumo de todos os produtos animais incluindo ovos, leite e queijo. Os seguidores deste tipo de dietas também são conhecidos como veganos. Ovo-lacto-vegetarianismo - Essa prática proíbe a ingestão de todas as carnes, porém permite o consumo de produtos animais como ovos e leite. Lacto-vegetarianismo - Elimina a ingestão de todas as carnes, mas permite o consumo de leite e seus derivados, como queijo, manteiga e iogurte. Ovo-vegetarianismo - proíbe o consumo de carnes, mas permite comer ovos.

Estatísticas indicam que pessoas que seguem as dietas vegetarianas têm menor incidência de contrair doenças cardíacas, câncer e osteoporose.
A American Dietetic Association diz que: "embora fatores não relacionados à dieta, como atividade física e abstinência do fumo e álcool, possam ter um papel importante, a dieta [sem carne, vegetariana] é claramente um fator" que contribui para a redução das taxas de várias doenças degenerativas. Pesquisadores como Dean Ornish têm obtido bons resultados no tratamento de pacientes cardíacos com dieta vegetariana estrita, exercício físico e programa de redução de Stress. Há também aspectos nutricionais que encorajam o consumo de frutas, vegetais e cereais e a diminuição de carnes e gorduras. Mas atenção, para os vegetarianos estritos, há o risco de deficiência de vitamina B12, enquanto que quase todos os alimentos animais contêm boas quantidades de B12, os vegetais não são fonte desta vitamina. A vitamina B12 é armazenada no corpo por vários meses, então os sintomas de deficiência desta vitamina, que podem ser severos, não aparecem imediatamente após entrar numa dieta vegetariana estrita. Alguns nutrientes importantes (aminoácidos, gorduras, vitaminas A, D, K e E) estão presentes em boas quantidades nas carnes, porém uma dieta vegetariana pode ser elaborada de modo a contê-los também. A American Dietetic Association afirma que: "fontes de proteína vegetal podem fornecer sozinhas as quantidades adequadas de aminoácidos se uma boa variedade de alimentos vegetais for consumida e as necessidades de energia forem atendidas". Entretanto, é importante que os vegetarianos estejam atentos à sua ingestão de proteínas, vitamina B12 e outros nutrientes. Como qualquer dieta, as que eliminam produtos animais precisam ser balanceadas e incluir boa variedade de alimentos. As deficiências de vitamina B12 podem provocar lesões irreversíveis do sistema nervoso causadas pela morte de neurônios. Os sintomas neurológicos são os mais variados e decorrem da morte ou perda de função das células atingidas nos mais diferentes setores do cérebro e medula. As alterações neurológicas podem acontecer mesmo não havendo ainda anemia.

A B12 É essencial para o metabolismo normal de todas as células, especialmente as do trato gastrointestinal, medula óssea e tecido nervoso, co-fator no sistema de defesa antioxidante.

Os principais problemas causados pela carência de B12 são:
fraqueza e cansaço excessivos, entorpecimento, formigação e queimação dos pés, pontadas nas mãos e pés, rigidez e fraqueza generalizada das pernas, pouca coordenação muscular, incapacidade de manter o equilíbrio ao caminhar, diminuição da sensação de vibração e posição, memórias de curto prazo e recente prejudicadas, raciocínio prejudicado e depressão podem estar presentes, memória precária, alucinações, distúrbios do humor, irritabilidade, irregularidade do ciclo menstrual.

As taxas ideias de Vitamina B12 por pessoa são:
Normal: 300 - 800 [pg/ml]
Deficiência: < 150 Metabolismo prejudicado por deficiência em vitamina B12)
Deficiência: < 100 Comprometimento Clínico (Anemia por deficiência de B12)

Suplementos: Via Oral: Comprimidos de 5000 [mcg]: Absorção por simples difusão - Apróx. 1 % da dose - 50 [mcg]. (Citoneurin 5000 / Vitatonus 5000)

Dependendo da atividade fisica e mental exigida, de 2 a 4 comprimidos por mês.

Material extraido do Seminário Saúde e Estilo de Vida. (IASD Central de Salvador 9 a 16 de Junho de 2007).
Palestrante e Pesquisador: Dr. Manuel Antônio Tápia.
Diretora de Saúde e Temperança: Kismary Reis.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Alimentos Envenenados

Nove alimentos têm agrotóxicos fora dos padrões permitidos. A conclusão é de estudo da Agência de Vigilância Sanitária(Anvisa), divulgado ontem. Não é só má fama. Os morangos consumidos no País de fato têm agrotóxicos fora dos padrões permitidos. E antes fosse só essa fruta. Alface, batata, cenoura, laranja, maçã, mamão e tomate estão na mesma situação. A comprovação foi divulgada pela Anvisa. Ano a ano, desde 2001, Anvisa, centros de Vigilância Sanitária de 12 Estados e laboratórios especializados, como o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo , o Instituto Tecnológico de Pernambuco e o Instituto Otávio Magalhães de Minas Gerais, analisam amostras de nove tipos de alimentos. "Escolhemos os alimentos mais suscetíveis ao agrotóxico", diz Luiz Cláudio Meirelles, gerente-geral de toxicologia da Anvisa.

Foram analisadas 4.345 amostras coletadas em grandes redes de supermercados (no mínimo quatro em cada Estado ), entre elas Pão de Açúcar, Carrefour, Extra e Bom Preço. No total, são 92 tipos de agrotóxicos testados. As irregularidades foram classificadas em dois tipos: quando os limites de tolerância ao agrotóxico são excedidos e quando o agrotóxico encontrado não é permitido para aquele alimento. A maioria analisada, 80% dos casos, se encaixou no segundo tipo."Para a saúde, não faz diferença se o resíduo está acima do normal ou é proibido para o alimento, o mal é o mesmo", alerta Meirelles. A maioria dos agrotóxicos é atraída pelas membranas celulares do organismo humano. Além de preservar a célula, a membrana tem a função de regular tudo que passa por ela, como glicose e aminoácidos.

"O agrotóxico gruda nas membranas, desestruturando suas funções", explica Paulo Olzon, chefe da Clínica Médica da Universidade Federal de São Paulo. "Mesmo com alta capacidade de regeneração, a membrana pode não suportar a ação constante do agrotóxico. As piores conseqüências são doenças como câncer e mal de Parkinson." A boa notícia, se é que dá para dizer que se trata de uma boa notícia, é que a média total de amostras problemáticas analisadas vem diminuindo um pouco. Das amostras testadas desde de 2002 com 15% vem diminuindo cerca de 2% ao ano. "Só dá para ficar satisfeito com 0%", conclui Meirelles.

O trabalho da Anvisa não tem como objetivo fiscalizar diretamente os produtores. Indiretamente, talvez sim, já que os supermercados têm acesso aos nomes dos produtores dos alimentos testados. "O brasileiro está exposto a um risco sanitário inaceitável pelo mau uso dos agrotóxicos", diz Sezifredo Paz, coordenador do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec). "O programa da Anvisa é importante, já que traça um panorama de contaminação de alimentos in natura. Mas ainda não serve como instrumento de defesa para o consumidor. Para que isso ocorra, o tempo entre a coleta dos alimentos e a avaliação deve ser mais curto e os nomes dos produtores, divulgados abertamente. "

Fonte: Estado de São Paulo

terça-feira, 29 de maio de 2007

Computador expõe crianças a lesões musculares

Sedentarismo e tempo abusivo diante das máquinas podem levar ao "envelhecimento" precoce de ossos e músculos. Uma geração de crianças e adolescentes que cresce familiarizada a palavras como mouse, internet, CD-ROM e DVD ainda não aprenderam a utilizar o computador de uma forma que não traga prejuízos à saúde. As máquinas espalham-se pelas escolas, e pais instalam o último modelo em casa sem qualquer adaptação para o universo infanto-juvenil. A preocupação foi um dos temas discutidos no último Congresso da Associação Internacional de Ergonomia, em Maastrich-Holanda 2006, que movimenta especialistas também do Brasil. A chamada é para a necessidade de padronizar uma orientação. O problema principal do mau uso do computador por jovens e crianças são os efeitos futuros, afirmam os especialistas. "A possibilidade teórica é que o uso abusivo levaria, no futuro, a um "envelhecimento" precoce de ossos e músculos", explica Maria Helena Kiss, livre-docente da Universidade de São Paulo e especialista em reumatologia infantil. O sedentarismo associado ao uso abusivo do computador prejudica a formação de massa óssea e muscular, o que pode trazer precocemente prejuízos como dores nas costas e nos tendões, típicas da terceira idade. Essa questão é fundamental em uma sociedade cada vez mais informatizada. O tempo de navegação do brasileiro na internet aumentou 3h20 de janeiro de 2006 a 2007. O internauta brasileiro passa, em média, 21 horas e 20 minutos navegando na internet por mês. São consideradas usuários ativos as pessoas que acessam a rede ao menos uma vez por mês de casa. O recorde de tempo de navegação é de dezembro de 2006, quando o internauta brasileiro passou 21 horas e 39 minutos na média do mês. A França, com tempo médio por internauta residencial de 20 horas e 55 minutos, os Estados Unidos, com 19 horas e 30 minutos, Alemanha, com 18 horas e 56 minutos, o Japão, com 18 horas e 31 minutos e o Reino Unido, com 18 horas e 29 minutos, foram os países que mais se aproximaram do Brasil, entre os dez medidos com a mesma metodologia.
O número total de pessoas com acesso residencial à internet no país permaneceu em 22,1 milhões de brasileiros, 10,7% maior que o mesmo período de 2006. Esse exemplo dos jovens e adultos é facilmente imitado pelas crianças que se espelham nos mais velhos para definirem quem serão no futuro. Lamentavelmente as bricadeiras e jogos de ruas foram substituidas por games cada vez mais viloentos deixando a criança por horas e horas em frente ao monitor, prejudicando não só a parte fisica mas também emocianal, criando um perfil de isolamento. Para o ortopedista Sérgio Bruschini, que já atendeu crianças com dores no pescoço e nas costas devido ao uso do computador, a principal causa dos problemas de saúde relacionados às máquinas é o tempo gasto na frente da tela. Segundo ele, as crianças já adotavam posturas erradas ao escrever nas cadeiras escolares, ao brincar de botão, ao aprender piano. Mas isso era compensado pela prática de outras atividades, como natação e futebol. "A utilização moderada não leva a má postura ou lesão de esforço repetitivo. O problema é quando eles viciam em jogos e passam horas no computador", diz Bruschini, autor do livro "Ortopedia Pediátrica - do Nascimento à Adolescência". O adolescente D., 15, se enquadra nesse perfil. Ele usa o computador cerca de dez horas por dia, há três anos, e não pratica nenhuma atividade física. Aos sábados, costuma passar até 13 horas seguidas jogando em lan houses (lojas para jogos em rede). "Ele está obeso e desenvolveu cifose (um tipo de desvio na coluna) devido aos maus hábitos", afirma a tia, que é fisioterapeuta. "Dizem que jogar demais trava os dedos, mas eu nunca senti nada", contesta o jovem. Segundo Kiss, a maior "plasticidade" dos ossos e músculos de crianças e adolescentes pode explicar a falta de dores no presente. Além disso, a relação de "afetividade" com o computador pode fazer com que os sintomas não façam diferença.

Folha On Line e Associação Brasileira de Ergonomia.
Adaptado e redigido por Emerson Nolasco.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Saiba como evitar lesões na coluna

Quem sofre ou já sofreu de problemas na coluna sabe que a dor é do tipo que incomoda bastante e que pode trazer sérias conseqüências para a saúde, caso o paciente não procure um especialista. Apesar de ter origens diferentes, alguns hábitos são responsáveis pela maioria dos problemas de coluna. Um deles é permanecer muito tempo na mesma posição, principalmente quem passa horas e horas sentado. Em situações assim, é comum a pessoa buscar posições aparentemente mais confortáveis, porém, com posturas inadequadas. Um exemplo: quem senta com a coluna "torta" e apoia os cotovelos na mesa. Outro fator que pode comprometer seriamente a coluna a longo prazo é o sedentarismo, principalmente se a pessoa estiver acima do peso. Nesses casos, quem vai suportar o peso do corpo é a coluna. A fisioterapia é uma das alternativas mais procuradas pelas vítimas de males da coluna. No entanto, os casos de desvios estruturais, causados por doenças, exigem tratamentos mais complexos, como o uso de aparelhos ortopédicos e coletes e até mesmo cirurgias corretivas. Atualmente, cerca de 80% das dores e incômodos sentidos por adultos nessa região do corpo estão ligados a lesões nos discos localizados entre as vértebras da coluna. Esses discos são estruturas moles, feitas de cartilagem, que funcionam como amortecedores de impacto de movimentos e sofrem um desgaste natural ao longo da vida. Mas, se a pessoa tiver uma vida sedentária, excesso de peso e postura inadequada, esses desgastes aceleram e podem provocar conseqüências graves. Por isso, quem já sentiu incômodos na coluna deve procurar um médico o mais rápido possível, pois a dor é o primeiro sinal de que as coisas não vão bem.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

O perigo dos Refrigerantes

Informação dada por quimicos à todos os consumidores de refrigerantes: Para lavar o banheiro vire uma lata de COCA-COLA no vaso, deixe que a bebida repouse por 1 hora e depois dê descarga. O acido cítrico elimina as manchas na porcelana. Para eliminar manchas de oxidação de decalques nos automóveis esfregue o decalque com um pedaço de alumínio (bombril) molhado na COCA-COLA. Para limpar a corrosão nos terminais de baterias do automóvel vire uma lata de COCA-COLA sobre os terminais para desfazer a corrosão. Para afrouxar um parafuso oxidado - aplique ao parafuso um tecido enxaguado em COCA-COLA por vários minutos. Para assar um presunto defumado - esvazie uma lata de COCA-COLA na forma,envolva o presunto em papel alumínio e asse-o. Trinta minutos antes que esteja pronto retire o alumínio para que as gotas de COCA-COLA dourarem o presunto. Para tirar a graxa das roupas - esvazie uma lata de COCA-COLA na roupa gordurosa, adicione detergente e programe um tempo médio. A COCA-COLA ajudará a remover as manchas de gordura. COCA-COLA também ajuda a limpar pára-brisas.
Pasmem, mas é isso que nós bebemos!!!! Para sua informação: O ph por meio de bebidas gasosas, por exemplo é de 3.4. Esta acidez é tão forte que dissolve dentes e ossos. Nosso corpo detém o crescimento dos ossos na idade de 30 anos e depois disso, aproximadamente 8-18% dos ossos se dissolve a cada ano através da urina, dependendo da acidez dos alimentos ingeridos. Acidez não depende do sabor da comida, e sim da relação de potássio, cálcio, magnésio, etc e fósforo. Todos os compostos de cálcio dissolvidos se acumulam nas artérias, veias, tecidos da pele e de outros órgãos e isto afeta o funcionamento dos rins.
Os refrigerantes não tem nenhum valor nutritivo (vitaminas ou minerais). Tem um conteúdo alto de açúcar, acidez e mais aditivos como conservantes e corantes. Algumas pessoas gostam de refrigerantes gelados depois de comer. Adivinhe qual é o impacto? Nosso corpo tem uma temperatura de 37 graus para o funcionamento das enzimas digestivas. A temperatura do refrigerante gelado é bem menor que 37 graus, algumas vezes chegando quase 0 grau, isto reduz a eficácia das enzimas e força o sistema digestivo a digerir menos comida. De inicio a comida fermenta. Os alimentos fermentados produzem gases e mau-cheiro, decompõem-se e formam toxinas que são absorvidas pelo intestino, entram na corrente sangüinea se espalhando assim por todo o corpo As toxinas pode provocar várias doenças. O bióxido de carbono é algo que nada no mundo o recomendaria. Se fizer uma experiência, colocando um dente quebrado em uma garrafa de PEPSI, por exemplo, em 10 dias o dente se dissolverá. Dentes e ossos são os únicos elementos do corpo humano que permanecem intactos depois da morte. Imaginem só o estrago que o refrigerante faz no intestino!!!. Àqueles que gostam podem continuar, mas agora já sabem o que estão fazendo! Se eu pudesse dar uma nota aos refrigerantes, com certeza seria ZERO!

terça-feira, 15 de maio de 2007

Conheça os riscos dos lanches fora de casa

Quando estamos com fome, andar pelas ruas pode ser um perigo. Isso porque há várias opções de comida, para todos os gostos. É carrinho de pipoca de um lado, de milho verde do outro. Sem falar em trailers de cachorro-quente e churrasquinho na chapa. Nas praias e nos ônibus, as ofertas vêm diretamente até nós pelas mãos de vendedores ambulantes. Quando a tentação é grande, é preciso resistir e não se deixar levar apenas pela aparência dos alimentos. "Ao optar por comprar comida na rua, corremos o risco de ingerir alimentos sem qualidades nutricionais, e, pior, que podem estar contaminados", alerta a endocrinologista Ellen Simone Paiva. Óleo para fritura: perigoA higiene na preparação dos alimentos e a forma como são armazenados é um fator importante a ser observado. No caso do pastel de feira, por exemplo, prefira comprá-lo cedo. "Se chegar tarde na feira, é muito mais arriscado, pois o óleo está sendo utilizado desde cedo", diz a médica. O problema, neste caso, são as toxinas liberadas pela reutilização do óleo em frituras. Apesar dos perigos, não é preciso se desesperar e deixar de comer as delícias que são vendidas nas ruas. Confira ao lado alguns cuidados a serem tomados para evitar indigestões e outros problemas de saúde. Precauções que devem ser tomadas com cada alimentoPastel: Preste atenção se os funcionários da barraquinha estão vestidos com roupas adequadas e se o óleo utilizado para a fritura está limpo. Prefira os pastéis mais "simples", como os de queijo ou de pizza (queijo e tomate), pois esses recheios têm menos risco de estarem estragados. Cachorro-quente: O perigo está nos complementos como batata frita, bacon, maionese e os molhos em geral. Se não estiverem em recipientes fechados, podem ser contaminados por moscas e outros insetos. Sanduíche natural: O problema é que a maioria leva maionese, que é o alimento com maior risco de contaminação pela salmonela, bactéria que causa intoxicação. Churrasquinhos: Como a carne já vem cortada, não é possível checar qual foi utilizada. Na dúvida, procure não exagerar no consumo desse petisco.

Dicas que ajudam a perder peso

Pequenas mudanças no seu dia-a-dia podem representar alguns quilos a menos. Confira abaixo as dicas de especialistas norte-americanos para conseguir perder aqueles quilinhos que teimam em não ir embora:

»Beber um copo extra de água todos os dias.

»Usar escadas ao invés de elevadores.

»Tomar o café da manhã todos os dias.

»Adicionar cinco minutos de exercícios à sua carga diária a cada dia.

»Trocar o refrigerante normal pelo diet.

»Sempre que possível trocar o refrigerante pela água.

»Caminhar sempre que seu destino permitir.

»Trocar o leite integral pelo desnatado.

»Aumentar o ritmo das caminhadas.

»Trocar a maionese dos sanduíches por mostarda ou molho vinagrete.

»Diminuir o óleo da comida.

»Trocar os petiscos por comidas mais saudáveis, como frutas e cereais.

»Trocar o gorduroso molho de salada por uma versão sem gordura.

»Fazer alongamentos por 4 ou 5 minutos todos os dias.

»Evitar frituras.

»Se exercitar ao invés de comer quando estiver estressado.

»Escolher sempre a versão menor de um prato.

»Cortar o açúcar.

»Cortar 100 calorias de sua dieta a cada dia.

domingo, 13 de maio de 2007

Suco de frutas é arma contra o mal de Alzheimer

Suco de frutas e verduras é arma contra o mal de Alzheimer
Estudo mostra que uma pessoa que beba pelo menos três copos de suco por semana tem 76% menos de possibilidades de desenvolver a doença do que se tomasse só um copo.
EFE WASHINGTON - Os sucos de frutas e de verduras podem ser uma excelente forma para evitar os problemas do mal de Alzheimer, diz um estudo publicado na revista "The American Journal of Medicine".
Uma pessoa que beba pelo menos três copos de suco por semana tem 76% menos de possibilidades de desenvolver a doença do que se tomasse só um copo, segundo os cientistas do Centro Médico da Universidade de Vanderbilt (Tennessee).
O mal de Alzheimer é uma doença neurológica, progressiva e incurável, que afeta principalmente os maiores de 65 anos. Seus primeiros sintomas de perda de memória degeneram em demência e podem levar à morte.
As conclusões sobre o efeito dos sucos foram extraídas de um estudo realizado com 1.836 pessoas, incluindo uma análise de suas dietas, além das faculdades intelectuais, a cada dois anos, ao longo de um período de 10.
Após considerar fatores como fumo, educação, atividade física e consumo de calorias, os cientistas descobriram que beber sucos de vegetais três ou mais vezes por semana resultava em 76% a menos de possibilidades de desenvolver a doença.
O benefício parece aumentar nas pessoas com carga genética vinculada à doença. Originalmente, os cientistas acreditavam que o alto consumo de antioxidantes (vitaminas C, E e betacaroteno) poderiam ter um efeito neutralizador do Alzheimer. No entanto, as últimas investigações clínicas derrubaram a teoria.
"Nossa idéia era a de que o componente básico não estava nas vitaminas. Achávamos que havia algo mais", disse o professor de medicina Qi Dai, que comandou a pesquisa. Segundo o cientista, a chave pode estar em outro tipo de antioxidante químico: os polifenóis, presentes nos chás, sucos e Vinhos.
A maioria dos polifenóis pode ser encontrada na casca das verduras e frutas. Os últimos estudos em animais afirmam que eles neutralizam a decadência intelectual e física típica do envelhecimento.
Dai disse que o próximo passo será analisar o sangue das pessoas que participaram do estudo para determinar seu nível de polifenóis e a relação com suas faculdades intelectual. "Isto poderia dar uma prova da ação destas substâncias contra o risco de Alzheimer. Também ajudaria a determinar os sucos mais beneficentes", afirmou.
No entanto, alertou que,embora os resultados sejam promissores, "é importante que o público em geral não se precipite nem pense que o suco de vegetais é suficiente para evitar a doença".

domingo, 6 de maio de 2007

Fumaça de cigarro também mata não fumantes!

Substâncias tóxicas da fumaça podem causar câncer mesmo em quem não fuma.
Ao todo, são mais de 4.000 substâncias tóxicas. Os efeitos de todas elas são devastadores. Uma das mais famosas, a nicotina, é a mais potente, levando quem a consome à dependência e causando estragos, principalmente no coração e na circulação. Que o vício de fumar causa danos irreversíveis à saúde, a maioria das pessoas já sabe. O que nem todos sabem é que os efeitos das diversas substâncias do cigarro atingem em cheio mesmo as pessoas que não fumam, mas que convivem com fumantes."É muito comum esposas não fumantes de maridos fumantes (ou vice-versa) desenvolverem câncer de pulmão ou outras doenças do coração por conviverem com quem fuma", alerta o oncologista Carlos Frederico Pinto, de São José. "Um caso grave é o dos garçons. É comum doenças de fumantes em garçons que não fumam, mas trabalham em lugar que é permitido o fumo."Entre os principais problemas que atingem fumantes e fumantes passivos estão os cânceres de pulmão, garganta, estômago, bexiga e boca, além de doenças circulatórias, pressão alta, derrame, enfizema, bronquite crônica e doenças respiratórias e alérgicas de toda espécie.
Pessoas que ficam expostas à fumaça do cigarro podem ter bronquite, pneumonia, resfriados e asma, principalmente crianças e adolescentes. Além disso, uma pesquisa realizada nos EUA constatou que a causa da doença de 3000 pacientes com câncer de pulmão estava associada ao fumo passivo.
Um cigarro aceso produz 2 tipos de fumaça: a que o fumante aspira e devolve depois que é filtrada no seu pulmão, e a chamada lateral que é aquela que o fumante passivo entra em contato. Esta última sai diretamente do cigarro e, por não passar pelo filtro do pulmão de quem está fumando, possui as mesmas substâncias tóxicas que a primeira em concentrações ainda maiores .
A fumaça lateral contém 3 vezes mais nicotina, 3 vezes mais monóxido de carbono e 50 vezes mais substâncias cancerígenas.
Nos locais fechados em que é permitido fumar, as partículas da fumaça se espalham rapidamente levando a concentrações que excedem os níveis padrão de qualidade do ambiente. Atualmente nas grandes empresas já se pode ver as áreas criadas especialmente para os fumantes, não sendo permitido fumar em outro lugar. Caso não houvesse um lugar específico para os fumantes, uma pessoa que não fuma ao final de um dia de trabalho (aproximadamente 8 horas diárias) chegaria a fumar de 1 a 4 cigarros.
Diversas pesquisas vêm sendo elaboradas a respeito desse tema e, desde já, cientistas mostram que a incidência de câncer de pulmão entre os fumantes passivos é duas vezes maior do que a encontrada na população geral, e que as esposas dos fumantes têm o dobro de chance de desenvolverem este tipo de doença quando comparadas com as esposas de não-fumantes. Filhos de fumantes estão mais suscetíveis a doenças respiratórias que os demais, sem falar que o exemplo de ter pais fumantes é muitas vezes seguido por eles mais tarde
FUMAÇA - A maneira mais eficiente de evitar os malefícios do cigarro é não ter contato com a fumaça. "Para isso, os fumantes devem ir para ambientes abertos e jamais devem jogar as pontas do cigarro aceso no chão", recomenda o oncologista.
Evite ficar perto de pessoas que fumam. No trabalho, em ponto de ônibus, shopping, em casa, aonde você esteja ou vá, fuja da fumaça do cigarro, pois saiba que aos poucos você fumante passivo também está sendo envenenado.
O fumo passivo mata mais de 79 mil pessoas por ano na Europa, esta foi uma das conclusões de um relatório recentemente publicado por quatro organizações europeias que vem alertar para os benefícios de uma Europa sem tabaco.
Emerson Nolasco.

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Gordura Trans: Tire ela do seu dia-a-dia

Pesquisas e mais pesquisas comprovam que ela põe em risco o coração e dá sinal verde para o diabete. Por essas e outras, está sendo barrada na sua mesa.
É de chorar, mas as delícias que ilustram esta matéria estão no topo de um ranking que representa um atentado à saúde: o dos alimentos ricos na gordura trans, a mais nefasta de todas. Intimamente ligada ao aumento do colesterol e aos conseqüentes danos à saúde, aí incluídos infarto e derrame, essa molécula ainda carrega a fama de facilitar o aparecimento do diabete. Agora, um estudo recente sugere a inclusão da popular barriga de chope no rol das complicações. Assim, a protuberância abdominal tem tudo para passar a atender por um apelido que lhe cai muito bem: barriga trans.
E pensar que foram os macacos, em experiência inédita, que deram a pista para os cientistas avaliarem o impacto dessas gorduras sobre a saúde. O relato é de Lawrence L. Rudel, professor de patologia da Escola de Medicina da Universidade Wake Forest, na Carolina do Norte, Estados Unidos, em entrevista à SAÚDE!. Ao longo de seis anos, ele e seus colaboradores observaram dois grupos desses animais. Ambos foram alimentados com a mesma quantidade de calorias, sendo que 35% delas vinham de comidas gordurosas. A diferença é que um dos cardápios apresentava 8% de trans entre os lipídios, enquanto o outro ingeria esse mesmo percentual proveniente de ácidos graxos monoinsaturados, como aqueles presentes no azeite de oliva por sinal muito saudáveis. Resultado: os pobres símios do primeiro grupo engordaram 4% a mais que as do segundo. Pior: concentraram mais tecido adiposo na região abdominal. E, como já era esperado, ainda apresentaram maior resistência à insulina e maior teor de glicose no sangue. "Esse foi o primeiro estudo com primatas, que têm um metabolismo de gorduras muito semelhante ao dos humanos", contou Lawrence Rudel.Ao que tudo indica, as descobertas da equipe do professor Lawrence L. Rudel, da Universidade Wake Forest, vêm pôr mais lenha na fogueira da síndrome metabólica. Esse conjunto de alterações do organismo, que ganha dimensões de epidemia em todo o mundo e aumenta e muito os riscosde diabete, derrame e infarto, divide a opinião de especialistas quando o assunto é a raiz da encrenca. Para uns é a gordura visceral. Para outros, a resistência à insulina. A julgar pelo estudo americano, a gordura trans está envolvida nessa história até o pescoço, mas por aqui há quem mostre cautela antes de dar um veredicto. É o caso do endocrinologista Amélio de Godoy Matos, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Ele entende que ainda é cedo para relacionar a gordura visceral humana à gordura parcialmente hidrogenada. "O grupo de macacos que se alimentou dela engordou mais e mostrou maior resistência à insulina, confirmando o que a Medicina já sabe", comenta. "Daí a relacionar a barriga de chope à trans vai uma grande distância. O acúmulo de gordura abdominal não deve ter sido avaliado com o devido rigor durante o estudo."
A confirmação desse elo depende do prosseguimento dos estudos, segundo admite o próprio Lawrence L. Rudel. Pelo sim, pelo não, há motivos de sobra para você pensar duas vezes antes de se deliciar com alimentos ricos nessas gorduras do mal. O cardiologista Raul Dias Santos, diretor da Unidade Clínica de Lípides do Instituto do Coração, o InCor, de São Paulo, diz que o fígado produz cerca de 70% do colesterol necessário para o funcionamento do organismo. E a matéria-prima vem das gorduras saturadas e trans. Só que, quando há excessodessas substâncias, a produção hepática de colesterol aumenta tanto que o órgão não precisa mais retirar porções de LDL da corrente sangüínea. E aí essas frações ruins do colesterol ficam dando sopa na circulação e ajudam a entupir as artérias. A dislipidemia, que no jargão médico significa o aumento do mau colesterol LDL e a diminuição do benéfico HDL, leva a um processo inflamatório, entre outras coisas. E, quanto mais inflamação, maior o risco de formação e rompimento das placas de gordura no interior das artérias, a aterosclerose. "É sabido que tanto as gorduras trans como as saturadas são duas vezes mais potentes para o aumento do colesterol no sangue", diz. Para dar uma idéia do perigo, comer um hambúrguer duplo acompanhado de batata frita um único dia faz você estourar sua cota semanal das famigeradas gorduras trans.
A trans tem mesmo assustado cientistas e médicos, que cada vez mais estudam seus efeitos nocivos. E a indústria de alimentos, para não perder a clientela preocupada em manter longe todo tipo de ameaça, reage investindo em novos ingredientes que substituam a malvada. Essa busca tem ainda outro motivo. Desde agosto, uma portaria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) obriga todos os fabricantes a estampar em seus rótulos a quantidade da gordura em suas fórmulas. Para eles, o grande desafio é encontrar um substituto à altura, ou seja, um tipo de gordura isento de trans, mas com a mesma capacidade de realçar o sabor e dar consistência até fora da geladeira.
Um desses novos parceiros é o óleo de palma, extraído da mesma palmeira que gera o de dendê. "Esse vegetal tem características químicas que permitem transformá-lo em gorduras sem a necessidade de hidrogenação", explica o engenheiro de alimentos Marcello Brito, diretor da Agropalma, a maior produtora do óleo na América Latina. "Um processo sofisticado de fracionamento físico permiteseparar partes sólidas e líquidas, conforme a necessidade do cliente."
Parece que óleos mais saudáveis vêm mesmo para ficar. "Há dois anos usamos o de palma em todos os restaurantes da nossa marca", diz a nutricionista Viviane Braz, supervisora de controle de qualidade da cadeia de fast-food árabe Habib's. Também há a notícia de que a batata frita das lanchonetes pode perder o posto de inimiga número 1. Pelo menos a vendida no McDonald's. Celso Cruz, diretor de compras e qualidade da rede no país, garante que até o final do ano a cadeia vai substituir a gordura parcialmente hidrogenada por um outro tipo de óleo, baixando a concentração de trans para 0,2 grama em cada porção de 147 gramas. Mas não revela o que será usado em suas fritadeiras. "Sem saber, muitos clientes estão participando de testes nas lojas. A maioria não nota diferença no sabor", diz. Celso Cruz garante, no entanto, que sua porção de batata tem 5,9 gramas de trans e não 8 gramas, conforme o ranking elaborado especialmente para SAÚDE! por nutricionistas da RG Nutri, em São Paulo. Vale lembrar que a moderação será sempre recomendada. Mesmo sem trans, frituras são frituras e alguns lanches podem continuar gordurosos e calóricos.
Texto de Cida de Oliveira