segunda-feira, 23 de abril de 2007

Obesidade Infantil cresce no Brasil

As estimativas apontam que, no Brasil, o número de crianças obesas cresceu cinco vezes nos últimos 20 anos. No mundo, as estimativas são que um terço das crianças enfrentam problemas com a obesidade, um número em torno de 700 milhões de crianças. Este aumento se deve, principalmente, a dois motivos: a ingestão de alimentos com mais gordura e açúcar e à falta de exercício físico.
Infelizmente junto com a urbanização vieram novos hábitos, nem sempre saudáveis, como as refeições altamente calóricas e feitas de forma rápida; e a troca das brincadeiras e jogos tradicionais, como o pique e queimada, por jogos no computador e programas de televisão.

Um estudo realizado no México mostrou que para cada hora de atividade física moderada ou forte praticada diariamente pela criança, o risco de obesidade caiu 10%. Outra pesquisa feita nos Estados Unidos indicou que as crianças que praticam alguma atividade física são mais
magras que as outras que se movimentam pouco.
A medida que ganha peso, a criança vai diminuindo sua auto-estima, catalisando a angústia e a ansiedade, que quase sempre só encontram escape acomendo ainda mais. Daí a importância de um acompanhamento psicológico, paralelamente ao de um endocrinologista e do Profissional
de Educação Física. Prevenir a obesidade é de suma importância para o desenvolvimento
da criança. Caso chegue à fase adulta com excesso de peso, ela terá mais dificuldades para perder peso e terá aumentado o risco de várias doenças como: hipertensão, colesterol alto, problemas respiratórios e ortopédicos.

Praticar atividade física é indispensável para um emagrecimento saudável em crianças.

A tese de doutorado do Profissional de Educação Física Maurício Maltez (CREF 019502-G/SP) prova isto. Ele acompanhou 39 crianças obesas, das quais 18 fizeram apenas dieta e 21, dieta combinada com exercício. As do primeiro grupo não alcançaram a resposta vasodilatadora comum aos magros sedentários, como as do segundo grupo. Em seu estudo, o Dr. Maurício Maltez aponta que, a obesidade infantil está associada a conseqüências negativas para a saúde da criança e do adolescente, além das citadas acima inclui também dislipidemias, inflamações crônicas, aumento da tendência a coagulação sangüínea, disfunção endotelial, resistência a insulina, diabetes tipo 2, alguns tipos de cânceres, apnéia do sono, estatohepatite não alcoólica, quadro psicológico conturbado e diminuição da auto-estima.

Nossa cultura, altamente consumista, tem por hábito a ingestão excessiva de alimentos supérfluos, como balas, bolachas, salgadinhos, bolos, sanduiches, pizzas etc. Inclusive no relacionamento social, agraciamos nossas visitas, amigos, clientes ou grupos culturais com jantares, lanches, happy hour ou vamos ao shopping onde os fast food são o paraíso da criançada mas a longo prazo o resultado será de grande tristeza.

Dicas para evitar a obesidade infantil:
Veja aqui algumas dicas dadas por especialistas em obesidade infantil.

Comece o dia corretamente com um bom café da manhã.
Ofereça a criança cereal com pouco açúcar(ou sem açucar com mel), leite desnatado, yogurt desnatado com granola, frutas e dê preferência aos pães integrais.

Faça uma merenda nutritiva para as crianças levarem para a escola.
Um estudo feito pela Universidade de Minnesota mostrou que as crianças que tem acesso a alimentos com alto teor de gordura e pouco nutritivos na escola, irão consumir mais alimentos não saudáveis do que as crianças que tem acesso a opções mais saudáveis. Uma das maiores fontes de gordura e açúcar na dieta das crianças vem dos lanches escolares, diz Mc Callister. Então tente e faça merendas divertidas, e dê uma garrafa de água ou suco, frutas frescas, e sanduíches, se for o caso, feitos com pães integrais.

Mude o hábito alimentar.
Todos nós sabemos que dietas não funcionam, elas são soluções a curto prazo. O objetivo é aprender a comer hoje, para poder comer adequadamente o resto de sua vida. Gaste algumas semanas para aprender o que é uma alimentação saudável e, então, você não estará de "dieta".

Pratique atividades físicas.
"Faça da atividade física uma atividade familiar" diz Kava. Programe atividades diárias para toda a família, como andar no parque por meia hora, brincadeiras, jogos e faça disso algo que atraia as crianças. Se você não pode fazer isso, matricule suas crianças em atividades ligadas ao esporte em que elas se divirtam, porque elas precisam se divertir para continuar praticando-as. O importante é se movimentar.

Tente novamente. Alguns pais dizem, meu filho não gosta de brócolis ou couve-flor, mas algumas vezes isso requer mais de uma tentativa. Tente mudar a apresentação do alimento, tornando sua aparência mais atraente. E lembre-se, a criança não vai sentar-se à mesa e comer brócolis no jantar se todos estiverem tomando sorvete.

Prof. Emerson Nolasco.
nolasco2007@bol.com.br
71-9929-8984

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